Princesa dos Rios
Nas águas do Tocantins
Tocantinei meu viver
Lavei as minhas tristezas
Afoguei meu maldizer
Mandei recados pro mar
Sonhei com a maresia
Cantei a canção das águas
Nos versos da poesia
Posei para o pôr-do-sol
No acaso da ocasião
Tomei estrelas Cadentes
Dos dentes da solidão
Como fosse um entrelaço
De jibóias e boiúnas
Vi o grande Tocantins
Abraçando o Itacaiúnas
Daí nasceu a Mestiça
No fértil chão do Pará
A Grã-Princesa dos Rios
Majestosa Marabá
E o tempo bate o martelo
Tal como o justo juiz
Fez-nos o povo mais forte
Do Norte deste País.
Dois rios juntos ensinam
A Sacrossanta lição
Que e a vida marabaense
Se espelhe nesta união.