23 DE ABRIL
Fui comprar vela vermelha.
Frustrada, só encontrei verde.
Saí da loja pensando na cor.
Tão distraída...
Tomei um susto.
Passou por mim qual ventania, lenço vermelho
esvoaçante,
em seu cavalo branco, fogoso, mais deslizava do que
galopava em direção ao desconhecido.
Segui, com o olhar, o cavaleiro, o lanceiro, o guerreiro.
Perdeu-se na distância...
Olhei para cima.
Clarão! Lua cheia!
Lá estava o cavaleiro, matando o dragão.
Vela? Pra quê?