voz do passado.
Chega fininha,
parce uma chuvinha,
parece passarinho começando a trinar,
penetra no ouvido nem parece ser verdade,
aquele risinho pequeno entra com tudo e me vejo la
de volta as risadas de uma infancia distante.
Agora aos quarenta sem filhos e marido, me resta o nada
o tudo e o improviso,
para tudo é recomeço e haja força para aceitar ser chamada de senhora
de dona de tudo que lembra velho e sem uso.
Até que chega o filho da amiga que agora com vinte poucos anos
te da aquela olhada que te deixa sem jeito, e sozinhos mal se contenta em olhar, tem que chegar e tocar, e quando se ve, la estamos nos relembrando a velha adolescencia...
vermelha e sem jeito, sem saber se xinga ou se fica feliz, sai com vontade de bater ou gritar....
ainda bem que daqui a um segundo,isso tambem vai virar passado.
e no presente, o telefone toca insistente, é aquele coroa atraente.
e la vou eu....