voz do passado.

Chega fininha,

parce uma chuvinha,

parece passarinho começando a trinar,

penetra no ouvido nem parece ser verdade,

aquele risinho pequeno entra com tudo e me vejo la

de volta as risadas de uma infancia distante.

Agora aos quarenta sem filhos e marido, me resta o nada

o tudo e o improviso,

para tudo é recomeço e haja força para aceitar ser chamada de senhora

de dona de tudo que lembra velho e sem uso.

Até que chega o filho da amiga que agora com vinte poucos anos

te da aquela olhada que te deixa sem jeito, e sozinhos mal se contenta em olhar, tem que chegar e tocar, e quando se ve, la estamos nos relembrando a velha adolescencia...

vermelha e sem jeito, sem saber se xinga ou se fica feliz, sai com vontade de bater ou gritar....

ainda bem que daqui a um segundo,isso tambem vai virar passado.

e no presente, o telefone toca insistente, é aquele coroa atraente.

e la vou eu....

crisviana
Enviado por crisviana em 22/04/2011
Código do texto: T2924350
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.