Ainda é cedo.

Busquei-o para mim,

Em um lampejo, o vi surgir.

As brumas se desfazendo.

Trazendo seu rosto, seus braços.

Deslumbrada... Fiquei muda, petrificada.

Apenas o murmúrio do vento me fazeia arrepiar;

O vento imitava sua voz...

Aos poucos, fui me acostumando.

E a claridade pequena à minha frente.

O que era escuridao,tornou-se fonte de luz.

A luz se escondeu.

As estrelas se apagaram.

Timida, medrosa;

Caminhei em sua direçao.

E, ao tocá-lo,uma imensa paz me dominou.

Sinto-me segura.

Ele foi a gotad'agua que me salvou.

O raio de sol que me aqueceu.

Tornou-me inteira ao me tocar.

E, eu, verso rasgado, estrofe mal terminada.

Tornei-me poesia cantada.

Quando a tristeza me ronda,

busco-o no fundo da memória.

Ele é o rio que me leva para o mar.

crisviana
Enviado por crisviana em 22/04/2011
Código do texto: T2924332
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