MANHÃ DESCRITIVA
MANHÃ DESCRITIVA – Nesta manhã de sol esplêndido, deste dia treze de julho de mil novecentos e oitenta e nove, exatamente um ano de vida da Jéssica, vejo um notável jardim à frente de uma bonita casa; diversas rosas vivas no balanço do vento; o Céu límpido, somente o azul inconfundível; aves negras se deslocam para lá e para cá; o ar entrando pelas passagens existentes; as horas passando, provado pelo aspecto do tempo e ainda o deslizar dos ponteiros de meu pequeno relógio; nada me impede de pensar em sair daqui para percorrer os caminhos lá fora; borboletas amarelas sobrevoam o dotado jardim; pessoas passam e as vejo como andantes, nos seus diversos caminhos; penso no voar acima das coisas ruins; poder ficar na perpetuidade do Céu; soltar-me na amplidão do horizonte e entrar, de fato, na outra dimensão.
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Do livro “Jéssica, Minha Neta”, Edição da autora, Teresina, Gráfica e Editora Júnior Ltda.,1995, página 38.
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