WHO?
Ah se eu tivesse o tempo que um dia eu tive. Eu me prometi nunca mais fazê-lo mas se eu fosse capaz de cumprir esta promessa eu não saberia mais quem sou eu.
Palavras me faltam e sempre irão me faltar, porque elas morreram.
Um fim precoce, desnecessário.
Gestos, atitudes, tanto que eu poderia e deveria ter feito, hoje o alheio é meu lar, minha melhor recordação, daquilo que foi espezinhado por mim. Sorrisos, tristeza, caras e bocas, apenas estranhos.
Mas estranhos tão familiares. Você como um todo já não há, mas minúsculas partes suas no todo alheio faz dos diversos alheios o meu todo de você.
Como milhões de ladrilhos brilhantes de um todo explodido, desfigurados, agregados a um todo de um tolo qualquer.
Hahahahahahahaha
É engraçado porque no passado as descrições arrancavam sonoras gargalhadas, hoje apesar de não ter do que rir, quem descreve sou eu e o descrito é você.
Porque o eu não tem mais você.
Porque o nós não tem sem você
Por que vós não sois mais você.
Porque você?