a este rude estranho...
um amigo nobre mas de tão rude me desconcerta,
de estranho mas torpe confundindo minha mente
num impulso, senta, adormece, acalma
como o vento, passa, me atiça
a timidez na sua transparência
por trás de vidros redondos se esconde
mas a sua boca não nega, um tanto bruto;
um homem, rígido porém doce
me excitando os sentidos, perdendo a fala
diante de um toque de dedos singelos
nas teclas do micro a digitar
apoderando-se de minhas fraquezas
mudando meu dom de falar, e raciocinar
pois que se não o agrado, me entristeço
é dele esta homenagem,
um estranho rude, porém no mistério
apertando meu fôlego, a me sufocar...
pra vc, amigo, franco, realista, ou grosso
isso eu gosto...