PARABÉNS A CORRENTINA, SEUS BRAVOS, SEU POVO.
30 de março - dia da emancipação de Correntina.
É uma longa história a vida de nossa aniversariante e antes de nos darmos as comemorações, é bom que se faça uma retrospectiva do longo e árduo caminho em que juntos nos embrenhamos futuro a dentro, na esperança de se chegar a um porto seguro e a um nível de vida digna daqueles que idealizaram a Correntina do futuro. Homens e mulheres deram de si o suor e o sangue, para que esta historia fosse escrita com honra, ética e dignidade.
Data de 1892 a Comarca de Correntina, portanto a 119 anos e há registro de nossa existência em datas mais remotas; porém, somente em 1938, 46 anos depois de elevada ao termo de Comarca, Correntina se desliga de sua condição embrionaria: Arraial, Vila, Comarca... Cidade! Torna-se municipio emancipado, tendo por sede a cidade de Correntina, as margens do então Rio das Éguas.
Em 02 de março de 1938, o Decreto Lei Federal de nº 311 assinado pelo Presidente Getúlio Vargas, autoriza os Estados a demarcarem seus territoriais e, pelo Decreto Estadual de nº 10.724, assinado pelo interventor Federal Landulpho Alves, no dia 30 de março deste mesmo ano, Correntina por fim recebe o foro de Cidade, sob a batuta do Intendente Major Félix Joaquim de Araújo. Não fora algo tão simples assim, mas anos de luta, até armada, com outros municipios que viviam a demarcação de seus territórios, onde cada um queriam pra sí, a maior extensão de terras. Com a emancipação, obtida sob o comando do Major Felix, este se valeu da posição que ocupava para se lançar candidado a primeira administração escolida pelo voto dos membros do Conselho municipal, composto filiados dos partidos politicos. Portanto, tenho duvidas quanto ao votoo popular nessas eleições, o que possivelmene podemos confirmar no livro A História de Correnitna de Helverton Banano. Porém duto indica que foi uma eleição indireta.
Neste período a cidade viveu um dos maiores avanços de sua história:muita cultura, amadurecimento politico, criação de jornais, grupos de teatro que acabaram por construir o Cine Teatro, palco de grandes decisãoes pulicitas e sociais, escola de artes e musica, filarmonica, transformando a cidade em uma bomba cultural que envolvia toda sua sociedade, em eventos e festividadades ligadas as tradições, folclóricas com enfase nas festas religiosas e no dinamismo da Sociedade de Dratologia de Correntina a principal responsável pelo entretenimento.
Estas atividades sucumbiram na década de 70, quando Raimundo Martins da Costa, o ator poeta, diretor de teatro, por circunstância do trabalho, mudou-se para Santa Maria da Vitória e alí reativou o movimento teatral de Santa Maria da Vitória, enquanto em Correntina o passado tornava-se história, lembranças do que foi.
O tiro de misericordia neste assassinato cultural deve-se ao Prefeito Almir Bispo dos Santos, quando destinou o tempo das Artes, o Cine Teatro; por doação, venda ou seja lá o que for, para abrigar o Banco do Nordeste, que logo cuidou de demolir a antiga estrutra para edificação de uma moderna agencia bancária.
A limitação ou ignorancia de certos governantes está no rastro que demonstra sua incompentencia efalta de visão progressista. Tantos espaços ao recor da cidade, lugares ideais para uma agencia bancária, um colegio e as topeiras executivas matam praças, como o Forum constru~ido no meio da praça da matris, matando metade do velho jardim; a construção da sede da Câmera de Vereadores numa praça apertada, sem espaço para o gigante branco espreguiçar; O Colegio que levou, ou levará a demolição, o velho estádio Vadozão sem falar que até o ceminterio velho, local onde estão os restos mortais de nossas velhas celebridades, tivera o espaço de sua capela doada para construção de um lava-Jato. Este só não fora concluído graças a reação popular e sobretudo, do chefe de Gabinete José França, que impediu que a vossa Eminencia, Parda, cometesse tamanha besteira.
Até os dias de oje Correntina carece de um espaço cultural onde posso atuar a juventudo amante das artes, que não tendo onde se apresentar, o fazem no meio das ruas, montando tendas e cenario provisórios .
O Municipio crescia principalmente no campo; a agricultura e pecuária abasteciam o município de suas necessidades; chegando até exportar pelo Porto de São José, o excedente de sua produção municipal, tendo ainda em suas atividades comerciais um clima de prósperidade absoluta. Indigno seria na comemoração dos 73 anos de emancipação da cidade, esquecermos aqueles que deram inicio a saga vitoriosa que se escreveu ao longo desta história.
Os primeiros advogados, o rábulas Aldegundes Joaquim de Araújo e João Diamantino, o primeiro editor jornalista Raimundo Sales, a primeira professora Laura Araujo, o primeiro Juiz Dr. Teófilo Moreira Guerra e juntaram-se a esses bravos as patentes compradas dos grandes fazeideiros que edificavam o novo municipio: Capitães. coronéis fazendeiros, como: Aldegundes, Miguel Coimbra, Severiano Magalhães; Manoel Vieira, Pedro Alexandrino Moreira Guerra, Lauro Joaquim de Araújo, Valderina Coimbra Costa -Vivi e não poderíamos deixar de enfatizar a determinação de luta do Major Félix Joaquim de Araújo que enfim nos elevou a condição de município e nos deu a todos, a celebração deste festivo dia.
(Rostos conhecidos: Mj Felix - Safina - Capitão Miguelzinho Coimbra - Odilio França - João Diamantino - Elias França - Miro Telegrafista)
Neste momento, abrimos um parentese na festa para aplaudir esses bravos que fizeram nossa história politica e aos que fizeram a história cultural e social, como Revdo André Berenos, Irmã Zélia Magalhães, Professoras Anisia Moreira, Ena Rocha, Zélia, Júlia e Alail Guerra, Cleonice Moreira, Sisi Cardoso, Maria da Cruz Rocha, Diana Costa, Vanuzia tantos diletos mestres!
Nas artes e esporte como esquecer Álvaro de Castro, IÔZINHO COSTA, Roberto Joaquim de Araújo, Helvécio Rocha, Antônio Nascimento, Osvaldo Barbosa, Cláudio Oliveira, Amelia e Clarisse Santos, Vanderlina Alves, Walter Santos, Raimundo Costa, Nelson Ferreira, Maestro Nemésio, Nego Adalberto; os tantos poetas; Teófilo e Teoney Guerra, Antônio Barbosa, João Guerra, Helverton Valnir, Badú Araújo, Leandro Caetano, Valéria, Laércio Correntina...e o inesquecível arvoredo de Taviano, o Boi de Lino... o licor de genipapo de Ti e Safina... Saudade!
(Estudantes do Educandário São José - Homens. Enilton - Vadó - Osmar - João Batista - Delton - Alvaro. Mulheres: Zelia Guerra - Ena Rocyha - Ilzinha - Pa. Djalma - Mundinha Patury - V aldelice - Laura Araujo Ir. Zélia)
Parabéns a todas famílias que compõe a sociedade correntinense: Araújos, Alves, Alcântaras, Barbosas, Castros, Costas, Ferreiras, Franças, Guerras, Magalhães, Neves, Neivas, Rocha, Ramos, Silva, Vieira... Parabéns, parabéns, parabéns povo de Correntina, por este dia em que lembramos com honra os homens que escreveram e ainda escrevem a honrosa história desta terra.
Finalmente, agrademos e parabenizamos aos correntinenses por adoção, aqueles que escolheram Correntina para dar prosseguimento a seus sonhos e fizeram dela a terra do coração e nos ajudaram a escrever o passado e nos ajudam a construir o futuro. Correntina sempre será reconhecida, GRATA a Reinaldo Contador, ao grande Categoria, ao Leo Dentista; a Dr. Massilon Ferreira, ao Capitão Getúlio Reis, Zoroastro Magalhães, Kaito da Pousada dos Sonhos, Evandro Filardi, Vavá de Lourdinha, Zé da Coelba, Gutemberg, Sorriso, Humberto da Coelba, Anailma da Rádio Carícia e tantos outros que optaram por Correntina, deixaram a heranças materiais e humanas incalculáveis ao viver tantas histórias de superação.
A história nunca negará aos bravos o triunfo e a honra de seus atos; porém alertamos que o futuro, inevitavelmente punirá aqueles que esquecem seu próprio passado; esses não terão lugar cativo na história, hão de passar como as brancas nuvens que o vento leva.
Parabéns Correntina pelo ato festivo e que nossos herois nunca sejam esquecidos.
Viva Corrrrrentina... Viva nossa Senhora da glóóóriaaa!
Padre Andre terminava suas festas com vivas e vivas, e depois de um fuguetório TUM!!! PÔOO!!! TUM! TUM!!! a filarmonica na fumaça do fuguetório faz ecoar pela ruas antiga, um saudoso dobrado....
"Bem distante perdida entre as serras
como um ninho perdido nas matas
fica a terra mimosa que é minha
Correntina de sonhos e cascatas;
como um beijo de lua perdido
que caiu desmanchando-se em beijos
que requebra ao valsar da saudade
que se abraça ao sorrir dos desejos;
Também quero oh minha terra querida
em teus braços feliz reclinar
e com lágrimas colar-me aos teus seios
para nunca jamais ti deixar..." (T.Guerra)
(complete o texto com o seu comentário abaixo)
abraços TOINHO de IOZINHO.
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Fonte: A História de Correntina - Hélverton Baiano: Goiânia Ed. do autor, 1996 2a. 2006. O livro de nosso século.