MULHER: ENTRE FLORES E FRUTOS.
Sentada na grama, aguardando o pôr do sol despertar no horizonte, via o pasto ao longe e sentia bem perto o aroma das flores. Permanecia naquele fim de tarde, saboreando um fruto. Frutos espalham-se por esta imensidão de arvoredos que semeiam a terra. Da árvore, colhi a certeza que logo mais os frutos amadurecidos seriam o ápice da manifestação do design de uma semente, pincelando a cor do fruto característico de cada época, cada safra, cada estação.
Em cada período majestoso da mãe natureza, os frutos e as flores apresentam-se com roupagens distintas.
Os vestidos floridos e esvoaçantes entregues ao vento que compõe a brisa.
Na brisa matinal, podem-se aliar aos caminhos encobertos pelas folhas secas, extraídas pela ventania.
Mas nenhuma ventania mais forte será capaz de impedi-las de serem renovadas mensalmente pelo ciclo perfeito da natureza. Logo, outros seres serão resultantes dos frutos que germinaram de um ventre, quando, possivelmente, muitas flores tenham sido o complemento de um buquê. As abelhas carregam o pólen de algumas espécies de flores, favorecendo a renovação de um olhar matinal.
A natureza nos acolhe, nos renova e ainda temos a longevidade para o nosso usufruto, seja no despertar do pôr do sol, da brisa, que torna agradável os caminhos encobertos, livres ou restaurados pelas folhas da aurora.
Diante de todos os detalhes e impulsos que compõem uma mulher, esta que talvez deseje apenas viver entre flores e frutos.
Uma singela homenagem ao mês das mulheres.