IN MEMORIAM
A minha vida, esse evento sutil e misterioso, foi um desenrolar cheio de sonhos e de desejos. Eu confesso que, amei-a e ainda a amo desmesuradamente. E, na lavoura encantadora dessa minha vida, eu fiz germinar muitos amigos e amigas. Agora, em minhas reminiscências, vivendo tão-somente as ondas intermitentes da nostalgia, apenas colho com uma tristeza plangente, uma imensa chuva de lembranças que se transformam em cascata de saudades.
A minha filha Márcia-Helena, o Senhor Max Finster e o menino Lourival Bittencourt, foram para mim, exemplos de magia e encantamento, de retidão de caráter e daquela doçura contagiante da juventude. A primeira, a minha filha Márcia-Helena, foi a minha princesa que partiu desse mundo, deixando apenas dor, lembranças e saudades. O segundo, um senhor israelita que faleceu aos 92 anos de idade, meu padrinho, um particular e grandioso irmão, que, com muito afeto, me iniciou na Arte Real. O terceiro, um menino, talvez a projeção espiritual de um filho que vim inesperadamente perdê-lo. Pois, foi abruptamente tragado pelas águas turvas da lagoa dos Freitas, quando já se formava mocinho garboso e bonito.
Essas três pessoas, verdadeiros anjos que encontrei no caminho da minha vida, envaideceram e enobreceram a minha vida de certa forma. Apaixonei-me por eles, pela simplicidade e pela sinceridade, virtudes essas que me seduziram com muito encanto. Pois, eles traziam a doçura angelical em suas almas, e assim, deixaram em meu coração pegadas de amor, ternas lembranças e muitas saudades.
Márcia-Helena, minha filha querida, que tive a grata missão de dedicar-lhe alguns poemas, nos quais, eu sempre me referia como a minha doce princesa crespa. Hoje, eu sinto muitas saudades dela, e, agora, silenciosamente, me penitencio por não ter participado da sua vida com mais frequência e dedicação. Mas, ela deve saber, se é que ainda é capaz de entender o quanto lhe amei e ainda amo. Eu tenho completa convicção de que ela deixou de existir materialmente, entretanto, eu suponho por uma necessidade egoica que, a sua energia continua interagindo e pairando sobre mim.
O Senhor Max Finster, um verdadeiro pai suplente que sempre se interessou por mim. A nossa amizade germinou, em virtude de uma simpatia mútua que nutríamos. Um sábio Maçom que muito me ensinou a arte de viver. Ele era muito pobre de bens materiais, mas era imensamente rico em virtudes. Eram as qualidades de um verdadeiro Maçom, que sempre estava a serviço dos menos favorecidos. O senhor Max era um israelita que tinha o coração do tamanho do mundo. O seu patriotismo era invejável, pois muito bem servia de exemplo a certos brasileiros.
Lourival era um encanto de menino, e nós, carinhosamente, o apelidamos de “salerosa”. Pois, ele cantava para nós, sem muito saber o espanhol a música “Malageña”, do trio “ Los Panchos”. E assim, “salerosa”, era para nós motivo de alegria, companheirismo e divertimento. A bondade dele era como se fosse a manifestação carnal de um anjo. Nele, não residia aquela maldade natural dos meninos daquela idade. Ele era trabalhador, prestativo, muito educado e deixava transparecer uma graça que a todos cativava.
O tempo é eterno, nós é que somos provisórios, por isso, passamos fugazmente por ele. Mesmo sendo a vida um evento provisório neste planeta, esperamos que, um dia, levemos para uma outra dimensão, se existir, é claro, as nossas amizades, e ou, as nossas saudades.
A minha vida, esse evento sutil e misterioso, foi um desenrolar cheio de sonhos e de desejos. Eu confesso que, amei-a e ainda a amo desmesuradamente. E, na lavoura encantadora dessa minha vida, eu fiz germinar muitos amigos e amigas. Agora, em minhas reminiscências, vivendo tão-somente as ondas intermitentes da nostalgia, apenas colho com uma tristeza plangente, uma imensa chuva de lembranças que se transformam em cascata de saudades.
A minha filha Márcia-Helena, o Senhor Max Finster e o menino Lourival Bittencourt, foram para mim, exemplos de magia e encantamento, de retidão de caráter e daquela doçura contagiante da juventude. A primeira, a minha filha Márcia-Helena, foi a minha princesa que partiu desse mundo, deixando apenas dor, lembranças e saudades. O segundo, um senhor israelita que faleceu aos 92 anos de idade, meu padrinho, um particular e grandioso irmão, que, com muito afeto, me iniciou na Arte Real. O terceiro, um menino, talvez a projeção espiritual de um filho que vim inesperadamente perdê-lo. Pois, foi abruptamente tragado pelas águas turvas da lagoa dos Freitas, quando já se formava mocinho garboso e bonito.
Essas três pessoas, verdadeiros anjos que encontrei no caminho da minha vida, envaideceram e enobreceram a minha vida de certa forma. Apaixonei-me por eles, pela simplicidade e pela sinceridade, virtudes essas que me seduziram com muito encanto. Pois, eles traziam a doçura angelical em suas almas, e assim, deixaram em meu coração pegadas de amor, ternas lembranças e muitas saudades.
Márcia-Helena, minha filha querida, que tive a grata missão de dedicar-lhe alguns poemas, nos quais, eu sempre me referia como a minha doce princesa crespa. Hoje, eu sinto muitas saudades dela, e, agora, silenciosamente, me penitencio por não ter participado da sua vida com mais frequência e dedicação. Mas, ela deve saber, se é que ainda é capaz de entender o quanto lhe amei e ainda amo. Eu tenho completa convicção de que ela deixou de existir materialmente, entretanto, eu suponho por uma necessidade egoica que, a sua energia continua interagindo e pairando sobre mim.
O Senhor Max Finster, um verdadeiro pai suplente que sempre se interessou por mim. A nossa amizade germinou, em virtude de uma simpatia mútua que nutríamos. Um sábio Maçom que muito me ensinou a arte de viver. Ele era muito pobre de bens materiais, mas era imensamente rico em virtudes. Eram as qualidades de um verdadeiro Maçom, que sempre estava a serviço dos menos favorecidos. O senhor Max era um israelita que tinha o coração do tamanho do mundo. O seu patriotismo era invejável, pois muito bem servia de exemplo a certos brasileiros.
Lourival era um encanto de menino, e nós, carinhosamente, o apelidamos de “salerosa”. Pois, ele cantava para nós, sem muito saber o espanhol a música “Malageña”, do trio “ Los Panchos”. E assim, “salerosa”, era para nós motivo de alegria, companheirismo e divertimento. A bondade dele era como se fosse a manifestação carnal de um anjo. Nele, não residia aquela maldade natural dos meninos daquela idade. Ele era trabalhador, prestativo, muito educado e deixava transparecer uma graça que a todos cativava.
O tempo é eterno, nós é que somos provisórios, por isso, passamos fugazmente por ele. Mesmo sendo a vida um evento provisório neste planeta, esperamos que, um dia, levemos para uma outra dimensão, se existir, é claro, as nossas amizades, e ou, as nossas saudades.