Sempre fica um perfume (A Luciano Almeida)
Hoje faz dois anos.
E eu quase sinto tua presença...
O banco da praça.
Apenas caminhantes solitários...
Sem ver as flores.
Eu ainda não me acostumei com tua partida...
Difícil.
Levaste meu sorriso, levaste meus sonhos
Mas eu fiquei... por quê?
Palavras e nomes..
Ficam como marcas na pele.
Teu rosto, tua voz...
Aparecem-me nas tardes
Caminhando em minha direção.
E fico confusa com um cheiro de rosas brancas:
Aroma das flores que deixei em teu túmulo.
Tudo deixa um gosto de canteiros regados...
Ainda com as lágrimas de meus olhos.
E ouço meus passos sozinhos...
Como se tudo fosse invisível.
Para nosso querido Luciano Almeida (piauiense e poeta dos haicais).