A MORTE DE MEU CÃOZINHO ME ENSINOU A VOLTAR ATRÁS
Sim, meu cãozinho vira-lata, é claro, morreu como chegou em minha casa - nos meus braços.
Não sei se é benção ou castigo, mas ele é a quinta criatura de "DEUS" que morre nos meus braços. ( as quatro anteriores eram pessoas, e a última antes do meu cãozinho foi meu pai).
Como acredito naquela frase "Que ""DEUS"" não nos dá tarefa maior que nossas possibilidades", prefiro acreditar que seja uma benção.
Mas falaremos do meu cãozinho agora.
Ele chegou a treze anos atrás, o mais pequeno da prole de seis filhotes da "Salário Mímimo", nome da cadelinha que o gerou, que por ser tão pequenina, lhe dei esse nome na época. Mas Hércules, meu cãozinho, era minúsculo, medroso e chorão. Foi amor à primeira vista quando minha filha Samantha, de sete anos, naquele longínquos tempos passados, deitou seus olhinhos a primeira vez naquela criaturinha fofa e meiga.
Levamos ele para casa, e como prevenção, para não chorar a noite toda, levei outro filhote para fazer-lhe companhia. Hércules crescia forte, sadio e cheio de vida, era a alegria da casa e das crianças, depois de umas duas semanas, doei o outro filhote a um vizinho que não lhe prestou os cuidados devidos deixando o cãozinho morrer atropelado, aos dois anos de vida.
Hércules, ao contrário era sempre bem cuidado e coberto de carinho por todos. Crescia e engordava a olhos vistos, e também nosso carinho e dedicação. Mas como era muito arteiro, um dia nos dispomos a livrar dele, mas não foi possível, pois já era membro da família, e dois dias depois tive que buscá-lo de volta. Esse dia foi a maior festa e prometemos a ele, e nós mesmos, que nunca mais iriámos abandoná-lo. Minha filha até sobrenome nele colocou. Agora ele era "Hércules da Silva". Certa vez, de tão gordo, roliço e preguiçoso apelidamos ele de "Garfield".
Agora a pergunta: porque sua morte me ensinou a voltar atrás de minhas desições?
Eu tirava de durão, dizia que não gastava dinheiro com cachorros para medicações, veterinários e outras coisas do gênero, pura balela, sempre gastei com Hércules. Hum dia até ração compramos para ele, mas não se deu bem, contraiu uma diaréia danada, e vai eu comprar remédios para diaréia do Hércules. Sempre querendo enganar a mim mesmo, pode?
Então ví e notei, após levarmos meu, digo, nosso cãozinho amado ao veterinário e tentarmos tudo para curá-lo, que algumas decisões, as circunstâncias nos leva a voltar atrás em uma atitude que pode não ter sido correta. Vendo seus olhinhos triste, devido a doença "cinomose" que o atacou, eu faria qualquer coisa para cuidar bem dele.
Mas ele estava em idade canina avançada, 13 anos, e não resistiu.
Na noite do dia quinze de janeiro, por volta das 22:00 horas quando chegávamos do supermercado, ao abrir a porta ele estava nos eperando na sala, abanou o rabo, como se despedisse, olhamos para ele e fizemos um carinho, até achamos que ele tinha melhorado. Mas não foi isso que ocorreu, ele andou até o quarto onde literalmente desmoronou, minha filha começou a chorar me gritando, fui até lá, peguei-o nos braços e ví ele dar seus últimos suspiros.
Confesso, não foi um bom momento. Coloquei-o no chão, onde havia suas cobertas e fiquei olhando para ele, enquanto todos choravam copiosamente. Certamente não foi uma noite agradável.
Mas ele se foi, levantei por volta das três da manhã e ví seu corpo já com rigidez cadavérica, foi a última vez que o ví. Na manha seguinte, veu filho providenciou seu sepultamento.
Hércules, meu grande pequeno Hércules se foi, mas em nossos corações foi um cãozinho vira-lata muito amado e nunca será esquecido.
Inclusive a lição que ele me ensinou, por isso estou aqui de volta.
Sim, meu cãozinho vira-lata, é claro, morreu como chegou em minha casa - nos meus braços.
Não sei se é benção ou castigo, mas ele é a quinta criatura de "DEUS" que morre nos meus braços. ( as quatro anteriores eram pessoas, e a última antes do meu cãozinho foi meu pai).
Como acredito naquela frase "Que ""DEUS"" não nos dá tarefa maior que nossas possibilidades", prefiro acreditar que seja uma benção.
Mas falaremos do meu cãozinho agora.
Ele chegou a treze anos atrás, o mais pequeno da prole de seis filhotes da "Salário Mímimo", nome da cadelinha que o gerou, que por ser tão pequenina, lhe dei esse nome na época. Mas Hércules, meu cãozinho, era minúsculo, medroso e chorão. Foi amor à primeira vista quando minha filha Samantha, de sete anos, naquele longínquos tempos passados, deitou seus olhinhos a primeira vez naquela criaturinha fofa e meiga.
Levamos ele para casa, e como prevenção, para não chorar a noite toda, levei outro filhote para fazer-lhe companhia. Hércules crescia forte, sadio e cheio de vida, era a alegria da casa e das crianças, depois de umas duas semanas, doei o outro filhote a um vizinho que não lhe prestou os cuidados devidos deixando o cãozinho morrer atropelado, aos dois anos de vida.
Hércules, ao contrário era sempre bem cuidado e coberto de carinho por todos. Crescia e engordava a olhos vistos, e também nosso carinho e dedicação. Mas como era muito arteiro, um dia nos dispomos a livrar dele, mas não foi possível, pois já era membro da família, e dois dias depois tive que buscá-lo de volta. Esse dia foi a maior festa e prometemos a ele, e nós mesmos, que nunca mais iriámos abandoná-lo. Minha filha até sobrenome nele colocou. Agora ele era "Hércules da Silva". Certa vez, de tão gordo, roliço e preguiçoso apelidamos ele de "Garfield".
Agora a pergunta: porque sua morte me ensinou a voltar atrás de minhas desições?
Eu tirava de durão, dizia que não gastava dinheiro com cachorros para medicações, veterinários e outras coisas do gênero, pura balela, sempre gastei com Hércules. Hum dia até ração compramos para ele, mas não se deu bem, contraiu uma diaréia danada, e vai eu comprar remédios para diaréia do Hércules. Sempre querendo enganar a mim mesmo, pode?
Então ví e notei, após levarmos meu, digo, nosso cãozinho amado ao veterinário e tentarmos tudo para curá-lo, que algumas decisões, as circunstâncias nos leva a voltar atrás em uma atitude que pode não ter sido correta. Vendo seus olhinhos triste, devido a doença "cinomose" que o atacou, eu faria qualquer coisa para cuidar bem dele.
Mas ele estava em idade canina avançada, 13 anos, e não resistiu.
Na noite do dia quinze de janeiro, por volta das 22:00 horas quando chegávamos do supermercado, ao abrir a porta ele estava nos eperando na sala, abanou o rabo, como se despedisse, olhamos para ele e fizemos um carinho, até achamos que ele tinha melhorado. Mas não foi isso que ocorreu, ele andou até o quarto onde literalmente desmoronou, minha filha começou a chorar me gritando, fui até lá, peguei-o nos braços e ví ele dar seus últimos suspiros.
Confesso, não foi um bom momento. Coloquei-o no chão, onde havia suas cobertas e fiquei olhando para ele, enquanto todos choravam copiosamente. Certamente não foi uma noite agradável.
Mas ele se foi, levantei por volta das três da manhã e ví seu corpo já com rigidez cadavérica, foi a última vez que o ví. Na manha seguinte, veu filho providenciou seu sepultamento.
Hércules, meu grande pequeno Hércules se foi, mas em nossos corações foi um cãozinho vira-lata muito amado e nunca será esquecido.
Inclusive a lição que ele me ensinou, por isso estou aqui de volta.