ACALANTO

Através das sementes de Deus,

Tu Nasceras das entranhas

De um amor verdadeiro.

Repousaras em meus braços

E, embalando-te, embalei-me.

Contigo adormeci,

Junto ao leito da tua inocência.

Visitei os teus sonos e

Viajei nos teus sonhos,

Todas às vezes que dormiras

E, para que não sentiste a brisa fria

Recobrir-te com o manto da minha alma,

Plena de amor e maravilhas.

Apreciando a tua bela face adormecida,

Deixei-me encantar pelo palpitar

Do teu coraçãozinho,

Sempre a me acalentar e

Por um momento divino,

Senti-me nos braços do teu encanto,

Ao perceber que meu sangue

Corria solene e forte,

Nas veias e artérias da tua formosura.

Viera, então, o tempo voraz e

Fecundara com a mais pura beleza,

O sêmen da tua origem,

Saciando, com fantasias e sonhos,

A áurea sublime da tua alma.

Hoje, vejo-te adulto.

Amadurecestes tão rápido,

Quanto o polinizar do meu jardim.

Meus braços já não suportam mais o peso

Da tua evolução corpórea.

Contudo, estarás sempre no colo das minhas

Forças transformadas em virtudes sem fim.

Hoje embalas os teus acalantos,

Planejas o teu futuro promissor.

Sonhas o teu próprio mundo.

Mas, para mim, serás sempre

Aquela bela e delicada criança

De semblante inocente, de sorrisos

Carinhosos, de feição cativante

E de olhares fixos

Em busca de um horizonte feliz.

****

®

Giovanni Pelluzzi

São João Del Rei, 06 de fevereiro de 2011.

Ao meu filho, esta poesia composta em minha alma e escrita nesta página, através dos mais puros sentimentos guardados em meu baú de sangue poético, porém, de áureo real.

Giovanni Pelluzzi
Enviado por Giovanni Pelluzzi em 06/02/2011
Reeditado em 20/02/2014
Código do texto: T2776485
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