PROSA COM DRUMMOND
Mesmo crescido, o filho
será “para sempre”
aos olhos da mãe
um pequenino
grão de milho.
A sua “ausência”
ata os nós
nos faz sozinhos;
É uma carência
é um estado em nós.
“A Um Ausente”
que com a razão
despeja toda emoção
em anseios de saudade,
“porque” para onde quer
que vás, levarás de mim
versos de paz.
“A verdade” é feito sol
brilha em nosso sal,
tornando nossos olhos
reflexo do mundo e
e do ser, luminosidade.
De “mãos dadas”
ameniza o espinho
em caminhar gentil
floresce a beira
da estrada versos
moços mesmo em
mundo senil.
E contudo, o
“inconfesso desejo”
o querer louco
de ler os versos
por todo universo
Inda assim é pouco.
Sentado, em “consolo na praia”
À sombra do mundo errado ou não
O poeta escreve, faz da mão,
instrumento
da alma.
Uberlândia MG 31/01/11