Palco do show de logo mais, na Pça da República
À MINHA QUERIDA CIDADE!
25 de Janeiro, aniversário da cidade de São Paulo – 457 anos – decidi sair por aí, pelo centro da capital, meio sem rumo, só pra me distrair.
São Paulo tem coisas que a gente nem acredita.
Em meio aos altos edifícios – nesta cidade que parece tão desumana - surgem praças arborizadas, ruas cheias de pedestres passeando, fazendo nada – em um dia como hoje, feriado.
Não posso me queixar, pois moro em uma região privilegiada, onde tudo é próximo e de fácil acesso. O centro novo da capital é cheio de vida e boas surpresas para quem, como eu, gosta de caminhar e viver novas descobertas. Gosto de observar, nos rostos das pessoas, a emoção de cada um, ao andar pelas ruas desta cidade magnífica.
Na Praça da República, local de grandes eventos, um palco armado para uma das inúmeras festas de comemoração, espalhadas por várias praças, museus e espaços culturais da cidade.
Praça Dom José Gaspar, pequena e aconchegante, Walter Franco, um cantor paulistano, de vanguarda, canta suas músicas inesquecíveis dos grandes festivais da década de 70.
Sigo, um pouco adiante, na mesma praça, assisto à reabertura da monumental Biblioteca Mário de Andrade, que ficou fechada por três anos, para reforma geral. A segunda maior e mais importante biblioteca do Brasil e uma das maiores do mundo. Imponente, moderna, espetacular!
No Vale do Anhangabaú, palco armado para vários shows e, espalhados por todos os bairros dessa cidade imensa, espetáculos gratuitos de arte – teatro, fotografia, pintura, música e alegria.
São Paulo é assim; tem de tudo um pouco e um pouco de tudo. É um pedaço do mundo, representado por povos de todas as raças e todos os continentes. A frieza de seus edifícios contrasta com a beleza de seus jardins, parques e praças; com o verde de suas ruas arborizadas e com o azul de seu céu. São Paulo não é só garoa e neblina. Não! Tem um céu tão azul, nos dias claros de sol, que encanta os olhos mais desavisados e menos crédulos.
Esta é São Paulo. A cidade de todos e de tudo.
A cidade que eu amo. A minha cidade!
Parabéns, São Paulo, jovem e exuberante,
no alto de seus 457 anos!
MINHA CIDADE!
São Paulo, terra tão nobre!
Desfilam por tuas praças
Povos de todas as raças
Gente rica e gente pobre!
A emoção me arranha...
Tuas manhas
Essa sanha
A minha alma recobre
De versos que eu criei
Quando em teu seio deitei
E nunca mais quis sair.
Tens um coração imenso
Que, às vezes, até penso,
Não acaba aqui.
Dos edifícios, no alto,
Caem lágrimas no asfalto
Pelo poder que te engana...
E a avenida paulista
Que, à primeira vista,
Parece tão desumana!
Ah! Metrópole querida...
És parte de minha vida
A razão da poesia...
O motivo de meus versos
Da fantasia, o reverso,
No traçado dessas vias!
(Milla Pereira)
Pça. da República
Vale do Anhangabaú
Em meio aos edifícios, o céu azul
Lateral da nova Biblioteca Mário de Andrade 
A sala dos livros raríssimos
O paulistano adora cultura
...e gosta de passear!