CONVERSAS NO VENTRE
Ao meu querido filho Macgregor.
Foi numa noite fria, no inverno de minha vida.
Que a alegria, na porta de minha casa bateu.
Eras tu meu querido filho que chegavas,
pelo ventre de tua mãe.
E quando lá estavas, muito nós conversava-mos.
Por isto depois do ocorrido,
quando nas noites em meus braços,
cantando velhas cantigas,a ti conseguia acalmar.
Pois reproduzias a minha voz, que ouvias no nascedouro,
que era a barriga de tua mãe.
Quantos foram os dias e noites que conversava-mos,
tu dentro do teu leito e eu com o ouvido,
encostado no ventre de tua mãe, dizia,
da minha imensa alegria que era esperar,
constantemente o dia do teu nascer.
Ter meu primogenito no fulgor de minha idade,
foi importante, mas a ele não puder dar,
todo o carinho que realmente merecia.
Pois envolvido de produzir alguma coisa para deixar,
não podia a ele mais tempo dedicar.
Por isto a ele, todos os dias péço-lhe o seu perdão.
E sei que em seu coração maravilhoso,
entende, e meu pedido concede.
Não esperando ter mais filho,pois a idade avançada,
a isto não me permitia pensar.
Eis que grata foi a surpresa redendora,
o saber de tua chegada.
Me davas assim o ímpeto de novas metas,
em minha vida buscar.
E agora com muito mais tempo eu podia me dedicar,
e todo o meu amor contido, a ti externar.
E por tudo que após passamos, quero te dizer,
voces meus filhos, eram tudo que eu podia querer.
Pois a felicidade de um homem,
e ver suas sementes fecundadas, nascerem fortes,
e por elas ver outras florecerem.