CONVERSAS NO VENTRE

Ao meu querido filho Macgregor.

Foi numa noite fria, no inverno de minha vida.

Que a alegria, na porta de minha casa bateu.

Eras tu meu querido filho que chegavas,

pelo ventre de tua mãe.

E quando lá estavas, muito nós conversava-mos.

Por isto depois do ocorrido,

quando nas noites em meus braços,

cantando velhas cantigas,a ti conseguia acalmar.

Pois reproduzias a minha voz, que ouvias no nascedouro,

que era a barriga de tua mãe.

Quantos foram os dias e noites que conversava-mos,

tu dentro do teu leito e eu com o ouvido,

encostado no ventre de tua mãe, dizia,

da minha imensa alegria que era esperar,

constantemente o dia do teu nascer.

Ter meu primogenito no fulgor de minha idade,

foi importante, mas a ele não puder dar,

todo o carinho que realmente merecia.

Pois envolvido de produzir alguma coisa para deixar,

não podia a ele mais tempo dedicar.

Por isto a ele, todos os dias péço-lhe o seu perdão.

E sei que em seu coração maravilhoso,

entende, e meu pedido concede.

Não esperando ter mais filho,pois a idade avançada,

a isto não me permitia pensar.

Eis que grata foi a surpresa redendora,

o saber de tua chegada.

Me davas assim o ímpeto de novas metas,

em minha vida buscar.

E agora com muito mais tempo eu podia me dedicar,

e todo o meu amor contido, a ti externar.

E por tudo que após passamos, quero te dizer,

voces meus filhos, eram tudo que eu podia querer.

Pois a felicidade de um homem,

e ver suas sementes fecundadas, nascerem fortes,

e por elas ver outras florecerem.

vpbraga
Enviado por vpbraga em 24/01/2011
Reeditado em 24/01/2011
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