ADEUS Á NOELIA MATOS DE ARAÚJO
Podemos imaginar nossa passagem desta para outra, mas não sabemos quando, como e onde isso há de ocorrer; por vezes sofremos com o sofrimento de um amigo ou parente, por dias, meses, no leito de um hospital, sendo desfigurado pela morte; tamanha é nossa dor, que por amá-lo tanto, pedimos a Deus que lhe poupe do sofrimento e dê o descanso eterno.
Noélia Matos de Araújo passou por esta dolorosa experiência, quando seu organismo fora tomado por células cancerígenas e passou os dois últimos meses no leito de um hospital. Já não conhecia os velhos amigos e parentes que a visitava e quando abria um dialogo, se reportava a situações e momentos passados, ou desejos que ainda insistiam em ser realidade; quando saísse daquele leito de hospital.
Sofremos quando perdemos um parente, um amigo, mas sofremos consolado, quando ele parte sem tanto sofrimento para de despreender da vida.
Noelia faleceu na noite de ontem dia 17 de janeiro. Quando deu entrada na internação deixou um pedido, caso viesse a falecer; queria que seu corpo fosse cremado e as cinzas jogadas no mar da Bahia. A imensidão do mar guardará todos seus segredos e sonhos NÓ; na imensidão do mar azul seus sonhos não realizados serão dissolvidos com as cinzas da pequena menina loira que conquistou seu espaço na cultura e na história de nossa gente.
Muitos de seus momentos compartilhados com amigos, parentes, serão lembrados com alegria, nesta hora triste; alguém por certo se lembrará de uma velha marchinha de carnaval, que eu guardei na memoria, achando que era para Noelia que se cantava aquela canção carnavalesca: “loirinha, loirinha, seus olhos verdes de cristal e desta vez invés da moreninha serás tu a rainha deste carnaval...” Nó era uma amante do carnaval de rua, criou vários blocos carnavalescos e sempres se voluntqriou quando uma questão culturam requeria seu conhecimento e seu trabalho; a professora de inglês era presença marcante e como ninguém procurava valorizar, reconhecer, homenagear os artistas da cidade, fosse musico, cantor, poeta, atos. Seus blocos carnavalescos tinham a irreverencia como caracteristica forte, no improviso e na liberdade seus foliões vestiam o que bem entendesse, caracterizado ou não. Homens, mulheres, crianças... o povo com ou sem fantasia, saiam a frente de uma charanga contagiando a cidade, como o Bloco do Jumento; um animal fantasiado puxava o bloco, com uma alegria contagiante.
BLOCO DO JUMENTO - AQUECIMENTO
Estamos perto do carnaval 2011, será se lembrarão da NOELIA, que nunca se esqueceu de ninguém; SERÁ SE O BLOCO DA SAUDADE se lembrará de sua criadora? que saia as ruas carregando faixas com nomes e fotos homenageando velhos amigos ligados a cultura carnavalesca... Será se este ano teremos o Bloco de Noelia?
Mas a canção que falei, cantada nos carnavais da década de 60, que se registrou o grande momento carnavalesco da filha de Dr. Lauro, que naquele momento passa ser ela mesma, Noélia. Seus pais, Dr. Lauro Joaquim de Araújo, e Enoé Matos de Araújo desempenham importante papel junto a comunidade correntinense, ele como médico e Dona Énoe como assistente, tanta dedicação lhes deram por reconhecimento o título: Pais dos pobres. Noelia era uma jovem em seu momento maior, ao se consagrar Princesa Eterna das lembranças dos velhos carnavais de Correntina.
O título disputado era de Rainha do Carnaval e a segunda colocada ficava com o título de Princesa. Os votos eram vendidos pela cidade, ou bancados por comerciantes locais ou viajantes, que tinham presença marcante nos grandes bailes da cidade, como o Diamante Negro Nezinho, um ourives que fez história na sociedade correntinense, comerciantes locais, viajantes e os eternos filhos do Velho Badeco Solarevisk, Zé Moreno, os irmãos Brandão e outros donos dos caminhões que desbravavam o cerrado, que mais tarde introduziam as primeiras jardineiras e depois ônibus ligado Bahia e Goiás.
Aquele concurso foi um marco na história da loira menina, mas a venda de votos não fora suficiente para ganhar o título, o leilão de votos disputado entre Os Badecos e o grupo de Nezinho ourives, fora fechado selando a vitória para a belíssima morena Raquel de Moacir... A beleza era fundamental, mas definida no concurso por um júri que selecionava as candidatas que disputariam o título e aquele foi o primeiro concurso da bela Noelia, que não se sabe a razão de não mais se ariscar a outra candidatura.
Esse é um momento especial! Noélia não poderá mais olhar para trás e ver por tudo que passou. Suas dúvidas, tristezas e conflitos acabaram, infelizmente! Mas cá dentro de cada um de nós que a conhecemos, com ela convivemos, inúmeros bons momentos, de alegria, de vitórias e de cumplicidade vão ficar na memória, todas as vezes que em pensamentos vencermos a distância e chegarmos a algum lugar de nosso passado, vamos encontrar parte dela, contido em nossa própria história, pois somos produto do mesmo meio.
A saudade é agora como se sua alma nos dissesse do desejo e da alegria de poder voltar ao começo de tudo, no balanço do mar... Noelia escolheu voltar deixando sua´lma navegar o infinito azul dos oceano, como água do rio, que lá chega e sobe, evapora, pra outra vez cair sobre nós em gotas de chuva... qualquer hora dessa podemos sentir seus pingos molhando nossa pela nua...
Nossos sentimentos a familia Tia Enoe, Gregório Matos e Verissimos, aos tios, sobrinhos, primos.
Lembremos das palavras do apostolo Paulo: Viver é lucro, morrer é Cristo.
Podemos imaginar nossa passagem desta para outra, mas não sabemos quando, como e onde isso há de ocorrer; por vezes sofremos com o sofrimento de um amigo ou parente, por dias, meses, no leito de um hospital, sendo desfigurado pela morte; tamanha é nossa dor, que por amá-lo tanto, pedimos a Deus que lhe poupe do sofrimento e dê o descanso eterno.
Noélia Matos de Araújo passou por esta dolorosa experiência, quando seu organismo fora tomado por células cancerígenas e passou os dois últimos meses no leito de um hospital. Já não conhecia os velhos amigos e parentes que a visitava e quando abria um dialogo, se reportava a situações e momentos passados, ou desejos que ainda insistiam em ser realidade; quando saísse daquele leito de hospital.
Sofremos quando perdemos um parente, um amigo, mas sofremos consolado, quando ele parte sem tanto sofrimento para de despreender da vida.
Noelia faleceu na noite de ontem dia 17 de janeiro. Quando deu entrada na internação deixou um pedido, caso viesse a falecer; queria que seu corpo fosse cremado e as cinzas jogadas no mar da Bahia. A imensidão do mar guardará todos seus segredos e sonhos NÓ; na imensidão do mar azul seus sonhos não realizados serão dissolvidos com as cinzas da pequena menina loira que conquistou seu espaço na cultura e na história de nossa gente.
Muitos de seus momentos compartilhados com amigos, parentes, serão lembrados com alegria, nesta hora triste; alguém por certo se lembrará de uma velha marchinha de carnaval, que eu guardei na memoria, achando que era para Noelia que se cantava aquela canção carnavalesca: “loirinha, loirinha, seus olhos verdes de cristal e desta vez invés da moreninha serás tu a rainha deste carnaval...” Nó era uma amante do carnaval de rua, criou vários blocos carnavalescos e sempres se voluntqriou quando uma questão culturam requeria seu conhecimento e seu trabalho; a professora de inglês era presença marcante e como ninguém procurava valorizar, reconhecer, homenagear os artistas da cidade, fosse musico, cantor, poeta, atos. Seus blocos carnavalescos tinham a irreverencia como caracteristica forte, no improviso e na liberdade seus foliões vestiam o que bem entendesse, caracterizado ou não. Homens, mulheres, crianças... o povo com ou sem fantasia, saiam a frente de uma charanga contagiando a cidade, como o Bloco do Jumento; um animal fantasiado puxava o bloco, com uma alegria contagiante.
BLOCO DO JUMENTO - AQUECIMENTO
Estamos perto do carnaval 2011, será se lembrarão da NOELIA, que nunca se esqueceu de ninguém; SERÁ SE O BLOCO DA SAUDADE se lembrará de sua criadora? que saia as ruas carregando faixas com nomes e fotos homenageando velhos amigos ligados a cultura carnavalesca... Será se este ano teremos o Bloco de Noelia?
Mas a canção que falei, cantada nos carnavais da década de 60, que se registrou o grande momento carnavalesco da filha de Dr. Lauro, que naquele momento passa ser ela mesma, Noélia. Seus pais, Dr. Lauro Joaquim de Araújo, e Enoé Matos de Araújo desempenham importante papel junto a comunidade correntinense, ele como médico e Dona Énoe como assistente, tanta dedicação lhes deram por reconhecimento o título: Pais dos pobres. Noelia era uma jovem em seu momento maior, ao se consagrar Princesa Eterna das lembranças dos velhos carnavais de Correntina.
O título disputado era de Rainha do Carnaval e a segunda colocada ficava com o título de Princesa. Os votos eram vendidos pela cidade, ou bancados por comerciantes locais ou viajantes, que tinham presença marcante nos grandes bailes da cidade, como o Diamante Negro Nezinho, um ourives que fez história na sociedade correntinense, comerciantes locais, viajantes e os eternos filhos do Velho Badeco Solarevisk, Zé Moreno, os irmãos Brandão e outros donos dos caminhões que desbravavam o cerrado, que mais tarde introduziam as primeiras jardineiras e depois ônibus ligado Bahia e Goiás.
Aquele concurso foi um marco na história da loira menina, mas a venda de votos não fora suficiente para ganhar o título, o leilão de votos disputado entre Os Badecos e o grupo de Nezinho ourives, fora fechado selando a vitória para a belíssima morena Raquel de Moacir... A beleza era fundamental, mas definida no concurso por um júri que selecionava as candidatas que disputariam o título e aquele foi o primeiro concurso da bela Noelia, que não se sabe a razão de não mais se ariscar a outra candidatura.
Esse é um momento especial! Noélia não poderá mais olhar para trás e ver por tudo que passou. Suas dúvidas, tristezas e conflitos acabaram, infelizmente! Mas cá dentro de cada um de nós que a conhecemos, com ela convivemos, inúmeros bons momentos, de alegria, de vitórias e de cumplicidade vão ficar na memória, todas as vezes que em pensamentos vencermos a distância e chegarmos a algum lugar de nosso passado, vamos encontrar parte dela, contido em nossa própria história, pois somos produto do mesmo meio.
A saudade é agora como se sua alma nos dissesse do desejo e da alegria de poder voltar ao começo de tudo, no balanço do mar... Noelia escolheu voltar deixando sua´lma navegar o infinito azul dos oceano, como água do rio, que lá chega e sobe, evapora, pra outra vez cair sobre nós em gotas de chuva... qualquer hora dessa podemos sentir seus pingos molhando nossa pela nua...
Nossos sentimentos a familia Tia Enoe, Gregório Matos e Verissimos, aos tios, sobrinhos, primos.
Lembremos das palavras do apostolo Paulo: Viver é lucro, morrer é Cristo.