A premonição de Tom Jobim

Acabo de assistir mais uma história

Da tragédia que nos assola

Com as chuvas da Região "Belíssima" Serrana.

O neto de Tom Jobim,

Mostra o momento em que a casa de sua família

Vem abaixo,

Neste "lar", seu avô

Compôs a música Aguas de Março...

É a lama , é a lama...

Não apenas os anônimos tornaram-se vítimas!

E a canção mencionada em crônica

Por um autor do recanto

Sobre o textos "Ironia"

ainda nesta data,

é citada em rede nacional

no Fantástico...

Ironias, á nós

Mas não será uma premonição

De nosso Tom, que mais uma vez

Deve estar a chorar,

Porque no Rio

O que não faltam

São motivos

A se lamentar...

Vou te contar...

É pau , é pedra...

mas não é o fim do caminho.

A felicidade é como a gota

De orvalho numa pétala de flor

Brilha tranquila

Depois de leve oscila

E cai como uma lágrima de amor...

O resto é mar

É tudo que não sei contar...

Ah!, se eu pudesse, no fim do caminho

Achar nosso barquinho e levá-lo ao mar.

No nosso retrato

Pareço tão linda?

Te ligo ofegante

E digo confusões no gravador

É desconcertante...

correnteza do rio vai levando aquela flor

O meu bem já está dormindo

E choveu uma semana e eu não vi o meu amor

O barro ficou marcado aonde a boiada passou ...

A correnteza do rio vai levando aquela flor ..

Já conheço os passos dessa estrada

Sei que não vai dar em nada

Seus segredos sei de cor

Já conheço as pedras do caminho,

E sei também que ali sozinho,

Eu vou ficar tanto pior!...

É o fundo do poço, é o fim do caminho

No rosto o desgosto, é um pouco sozinho

É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto

É um pingo pingando, é uma conta, é um conto.

É, você que é feita de azul

Me deixa morar nesse azul

Me deixa encontrar minha paz ...

Você que é bonita demais!

É a promessa de vida no teu coração?

Vai, triste canção, sai do meu peito

E semeia a emoção

Que chora dentro do meu coração

Coração...

Sei lá, sei lá

A vida é uma grande ilusão

Sei lá, sei lá

Só sei que ela está com a razão.

E ainda com a ajuda de um ou outro Grande...

Gente humilde...

E aí me dá

Como uma inveja dessa gente

Que vai em frente

Sem nem ter com quem contar

E aí me dá uma tristeza

No meu peito

Feito um despeito

De eu não ter como lutar

E eu que não creio

Peço a Deus por minha gente

É gente humilde

Que vontade de chorar!

Crissol
Enviado por Crissol em 16/01/2011
Reeditado em 17/01/2011
Código do texto: T2733660