Minha Serra deitou-se sobre um rio de lágrimas. Deixou-se levar pelas águas claras que lhe pintavam o verde e lhe abriam o frescor do tempo. Cansou-se. Cansou-se das feridas dos machados, do barulhar das máquinas que lhe podavam as raízes, dos pecados dos homens sem coração. De homens, de quem arrancou pedaços e, entre eles, transbordou em dores indecifráveis.
Minha serra verde abriu-se em entranhas estranhas as minhas lembranças, mostrou-se nua e deixou-se ver, cansada e abatida, em rasgos incompreensíveis, em veias disformes.
Minha serra de multicores verdes, que quieta eu admirei em flores e folhas, tantas vezes emplumada de nuvens de algodão doce, entregou-se. Entregou-se ao cinza dos céus, aos matizes marrons de uma natureza morta.
Assustado, meu olhar busca seus pastos serenos, seus galhos entregues aos berços de asas, seus esconderijos silenciosos. Trêmulo, meu coração quer juntá-la de novo, colar os grãos que se perderam uns dos outros... Dói, mais nada. Dói.
Minha serra verde abriu-se em entranhas estranhas as minhas lembranças, mostrou-se nua e deixou-se ver, cansada e abatida, em rasgos incompreensíveis, em veias disformes.
Minha serra de multicores verdes, que quieta eu admirei em flores e folhas, tantas vezes emplumada de nuvens de algodão doce, entregou-se. Entregou-se ao cinza dos céus, aos matizes marrons de uma natureza morta.
Assustado, meu olhar busca seus pastos serenos, seus galhos entregues aos berços de asas, seus esconderijos silenciosos. Trêmulo, meu coração quer juntá-la de novo, colar os grãos que se perderam uns dos outros... Dói, mais nada. Dói.