Ficção ou realidade?
Sempre fui fascinada por uma história meio surreal, onde o real e o imaginário se misturam ao ponto de se tornarem homogêneos, não dando mais para separar.
A impossibilidade me atiça, acho o fácil sem graça, gosto de desafios, eles me fazem avançar, mesmo que no final não consiga atingir o auge, mas vale o novo percorrido, fica a aprendizagem, o conhecimento só meu, que poderei usá-lo ou não...
E foi assim que ele veio a mim, primeiro eu o vi como um anjo que soprava levemente meu rosto quando as lágrimas me faziam olhar somente para o abismo, eu parava levantava os olhos, curiosa para saber de onde saia aquela brisa tão fresca que parecia aliviar minha alma, assim eu mantinha meu olhar no horizonte.
Depois o anjo pareceu tornar-se um demônio, as palavras eram duras, me faziam refletir, relutar, eu pensava como um alguém desconhecido poderia mexer com minha raiva e ao mesmo tempo me fazer querer estar perto e fazer descobertas.
Nem anjo, nem demônio, apenas um homem com erros e acertos, uma pessoa incrível que me fez viajar, sair de meu mundo cercado de muralhas, numa viajem de sonhos, desejos, eu comigo mesma e eu gosto de flutuar pelo desconhecido, não consigo sequer temer os perigos, é tudo tão encantador, tão bom.
Sinto-me realizada por senti-lo perto de mim, sem defesas, um surreal que pode se tornar real, mas se isso não acontecer, eu não me importo, vale a magia do momento, não dá mais para separar.