À GILVÂNIA MACHADO - para o texto: Deus e a Formiguinha"

Que linda historinha, cara Gilvânia! Sabe que você me fez lembrar passagens na trajetória de minha vida? Oh! Gilvânia! Quantas vezes, quando criança, eu ficava a admirar as formigas saúvas transportando pedacinhos de folhas ou ramos em direção ao formigueiro! Eu ficava pensando como podiam, algumas, transportarem pedaços maiores do que elas próprias! Eu me encantava a ponto de defendê-las. Eu estava sempre em rixa com os matadores de formiga, que quanto mais matavam com venenos e outros meios, mais elas multiplicavam. Meu pai tinha suas roças, mas não matava formigas ou insetos de maneira nenhuma! Ele tinha o dom de respeitar todos os seres vivos da natureza, e por incrível que possa parecer, a natureza (evidentemente administrada por Deus) fazia com que as formigas e lagartas não atacassem nossas plantações. Até hoje, cara Gilvânia, talvez por ter herdado de meu pai o respeito pelas criaturas de Deus, não mato nem barata! A menininha de sua historinha é do partido do meu finado pai e eu, pois meu pai respeitava e eu respeito tudo que Deus Criou. Acredito que tudo é Ele. Olha, você me visitou dando atenção ao meu fraco poetrix. (estou aprendendo com a Luna di Primo) Vou acessar o site que você e ela me indicaram, para depois eu dizer que aprendi contigo também. Sua visita me leva a te homenagear com um trecho de minhas antigas literaturas. Procure em meus publicados: "À GILVÂNIA MACHADO" - Para seu texto: "DEUS E A FORMIGUINHA! Um abraço afetivo pra você e feliz 2011.

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QUANDO AS CACHOEIRAS FALAM

DO LIVRO DE MINHA AUTORIA:

"RASANTES DO CONDOR BRANCO"

No arrulho das águas limpas

Que se quedam nas pedreiras

Ouve-se o falar do tempo

Nas vozes das cachoeiras!

(Luzirmil)

Encontrava-me na sala da casa de um conhecido meu, conversando sobre minhas literaturas. quando uma senhora por nome Denise disse:

-Seus livros são interessantíssimos, viu Peregrino. Pretendo ler o próximo, que me parece algo relacionado com a natureza, já que citam as cachoeiras. E parece que fala das regiões do norte de Minas? Pode nos fazer um breve relato de seu conteúdo?

-Oh! Sim. "Quando as Cachoeiras Falam" traduz em sua dissertação literária, uma longa reportagem minha, de número 1759. É um retrato escrito dos lances e locais por onde passei em meus deslocamentos de uma peregrinação que fiz, no início de julho de 2007. Eu já havia ido à região, até aquela data, cerca de setenta e uma vezes.

O título da reportagem surgiu dos assuntos daquela septuagésima primeira ida minha ao norte. Foi numa oportunidade em que Ataíde, Geraldo Araújo e eu, falávamos sobre o meio ambiente, mais precisamente sobre o anúncio de chuvas, traduzidos no barulho das duas cachoeiras próximas.

O pequeno córrego que leva o nome de Riacho da Cruz, por cerca de dois quilômetros percorre a localidade com o mesmo nome. Lá existe uma sede regional de uma ONG para a qual faço trabalho voluntários nas áreas da ecologia e assistência social. O prédio se localiza nos termos de uma localidade por nome Cachoeiras, sendo que a região faz parte do grande sertão Veredas. Sua extensão abrange muitos povoados, contudo espaçados entre si de tal forma que parece haver apenas cerrado num trecho de duzentos quilômetros quadrados. A fauna e a flora por lá e tão diversificada a ponto de encontrarmos formigas de mais de duas mil espécies. Eu admiro uma qualidade delas, que parecem ter recebido de Deus instruções tão evoluídas, a ponto do trabalho construtivo delas ser notável. Tais formigas são conhecidas como "ENGENHEIRAS DA TERRA".

Citando fatos sobre a natureza da região, Geraldo disse que em tempos das cheias do pequeno córrego, as cachoeiras emitem um ruído (o qual eu particularmente denomino de "RUÍDO BRANCO") com tendências a ser ouvido por quem mora abaixo, ou acima das delas.

Tal ruído quando soa rio acima, anuncia a futura ocorrência de chuvas, porém quando é ouvido no sentido em que as águas do rio seguem, predizem dias de seca. Disse que em razão da casa em que ele mora ser localizada relativamente longe das duas cachoeiras, só ouvem o ruído de uma de cada vez, isto é, da que fica abaixo: anunciando chuvas para breve, e da que fica acima, pré anunciando a falta delas.

Eu fiquei atencioso ouvindo Geraldo, que também tinha tendências a compreender a filosofia do meio ambiente. Tal foi meu interesse por seus assuntos que cheguei a ponto de intitular minha futura reportagem com o nome “QUANDO AS CACHOEIRAS FALAM”.

Geraldo deu explicações para os fatos, dizendo que no entender dele, quando o TEMPO prenuncia chuvas, as brisas conduzem o som sentido rio acima, o mesmo ocorrendo rio abaixo quando elas anunciam dias de sol. Recordei-me de um livro que escrevi por nome “OUVINDO O FALAR DO TEMPO” em que o tempo toma a forma de um homem idoso, e passa a falar para uns rapazes inquiridores ecológicos, muitos assuntos relativos à nossa existência, sempre encaixando nas palavras, a ação de um Criador supremo...

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Olha Gilvânia, vou parando por aqui, pois somando-se o comentário com estas páginas do livro, o texto irá se estender; e os leitores parecem não gostarem de ler longas redações.

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GILVÂNIA, DESEJO-LHE SUCESSOS E FELICIDADES, NÃO SÓ PARA 2011 MAS PARA OS VINDOUROS ANOS TAMBÉM - LUZIRMIL