Meu Pai
Meu pai sempre foi um herói e isso nunca foi um segredo. Ele não se gabava de prover as coisas, ele não se vangloriava de possuir o dinheiro, de facilitar o estudo de reverenciar a experiência - sempre daqueles que eram vais velhos que ele.
Meu pai nunca deixou de ser filho. Chorava quando de longe ouvia a voz da saudosa mãe. Chorava quando nós dizíamos que o amava...
Meu pai é risonho. Ele faz piadas na hora da mesa, e nunca nos advertiu por saber qualquer coisa mais do que ele. Ele ria satisfeito do nosso crescimento e se orgulhava de nós.
Eu fui o filho mais amado do meu pai, não precisamos mentir sobre isso. Já somos crescidos... mas fui o que menos mereceu. Fui o que menos o honrou, fui o que menos devolveu o amor.
Meu pai sempre foi um herói porque para ele super poderes era cada um de seus filhos. Mas meu pai precisa de pouco... ele nos deixou ir com facilidade, se contentou com as lembranças, se animou com os encontros fortuitos dos feriados, aceitou os presentes simples. Nos deu sempre a sua bênção.
Que eu não prossiga essa vida sem deixar de dizer o quanto amo meu pai e quanto quero a ele o melhor do que sua vida operante e laboriosa ainda pode lhe dar.
Que ele saiba não só por meio desse texto, mas pelas minhas palavras envergonhadas que eu lhe admiro por tudo isso e muito mais que ainda não escrevi.
Que eu possa ser um pouquinho do que ele sempre foi.