Amo-te, porque perdeste o apego à solteirice, na intenção de amar e dar vida.
     Amo-te, porque perdeste as formas viçosas do corpo, para conceber-me.
     Amo-te, porque perdeste muitas vezes o apetite, para que eu me saciasse.
     Amo-te, porque perdeste as tuas horas de lazer, para que eu me alegrasse.
     Amo-te, porque perdeste noites de sono, embalando-me com amor.
     Amo-te, porque perdeste vaidade, para que eu pudesse brilhar.
     Amo-te, porque perdeste a companhia, mas tu te satisfizeste comigo.
     Amo-te, porque perdeste saúde, mas a desejas todos os dias a mim.
     Amo-te, porque perdeste os fios de cabelos pretos enquanto te preocupavas comigo.
     Amo-te, porque perdeste anos na vida, olhando-me como criança.
     Mãe, contar-te-ei um segredo: Tudo que parece teres perdido, sem ao menos perceber, hoje está comigo.  Adubei, reguei, colhi, e agora te ofereço como rosas viçosas, que tentam reconhecer a eterna gratidão.
     E quando meu Pai, que também é teu Pai visita-me, oro por ti. E com alegria Deus te revela como bem aventurada. E feliz, agradeço ao Pai por ter aprendido, através de ti, o verdadeiro sentido do amor.
     Hoje, no jardim que construí, podes passear à vontade e colher das flores do meu amor!

 
 
Antonio Marques de O Santos
Enviado por Antonio Marques de O Santos em 14/12/2010
Reeditado em 26/04/2017
Código do texto: T2670730
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.