O Nascimento de Um Poeta
Era insensível aquele pobre homem,
Dormiu completamente bêbado.
Teve um pesadelo, ou talvez uma recobrada,
De consciência.
Viu a grande luz do logos cegar- lhe a ignorância,
E essa luz aproximava-se cada vez mais, ele sentia vagarosamente e silenciosamente ele sentia...
Com ansiedade e medo.
De repente sua mente começava a ser invadida por algo desconhecido,
Sua cabeça etílica alucinava versos.
Enquanto a poesia preenchia seu ser irracional.
Os versos impregnavam sua alma sedenta,
Loucamente ele sorria, sorria.
Deixava-se levar ao desconhecido,
Guiado pela luz, voava com asas imaginárias, de anjos ou demônios sei lá.
Tinha a necessidade de gritar ao mundo,
Versos profanos e insanos, malignos e benditos, foda-se era poesias.
Sem obedecer à métrica, rima ou dor.
Nada mais importa a poesia não está morta.
Nós os poetas somos mensageiros da nova ordem mundial,
Milagreiros da salvação intelectual.
Demos graças culturais aos poetas e escritores,
E temos a certeza de nos encontrarmos no paraíso,
Entre prosas e versos,
Depois do nascimento de mais um poeta.