Ariadne
São ruivos os versos teus
Como pétalas abertas
De um vermelho de Zeus
Refúgios e descobertas
E as estrelas da tua voz?
Revolvem águas paradas
Entrelinhas e doce foz
Assim como sois na madrugada
Nunca baixe os teus olhos
Fixe os na vida, no horizonte
Nem crucifique teus passos
O amor bebe em tua fonte
Olhe os lírios no campo
Estão agora cobrindo o monte.