ARTE, AINDA QUE TARDIA/HOMENAGEM DE FELIPE PADILHA
Esta belíssima e emocionante homenagem é um presente dos mais valiosos, do pernambucano Felipe Padilha de Freitas (O poeta do deserto) para os artistas mineiros. Eu, em nome de todos o agradeço por esta ode literalmente linda, que prestigia a nossa "mineiridade" na arte de fazer arte. Obrigada, querido poeta e grande amigo.
Nota: Sugiro que ouçam o áudio deste poema no site vinculado ao RL, do referido autor. Ficou deslumbrante.
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Liberdade às grandes mentes que extasiam nosso perplexar;
liberdade a singular poética forma de se expressar;
liberdade à candura incisiva em versos, transcendente prazer me dá;
liberdade às metáforas dispersas perfilhadas ao belo criar;
liberdade às elaboradas métricas indutoras a um não vão sonhar;
liberdade para a angústia inquieta e o solidário estimular;
liberdade impregnada de modéstia disfarçada de se pensar;
liberdade das letras incertas intensificadas com um são depurar;
liberdade aparando as arestas de um mais que perfeito acabar;
liberdade mesclada às pressas em tão só nos encantar;
liberdade aos que versam, aos que labutam com o escrevinhar;
liberdade aos cronistas, aos cantadores, aos poetas, aos mais variados artistas que se aglomeram tanto por lá;
liberdade em desaprisionar intensas verdades que sufocam o respirar;
liberdade de serem livres esboçando belo galgar;
liberdade aos que ardem em arte no celeiro mais belo que há, mesmo que esta arte não venha um dia a nos libertar, tentar quebrar as amarras concretas válido intento que há, pois, ainda que tardia, um dia há de imperar.
Ofereço esta singela ode a todos os artistas de Minas,inclusive ao exímio cronista José Cláudio Adão, à brilhante artista dos palcos da vida Ana Maria Avelino e à singular Fênix das letras querida e eterna amiga Celêdian,e a tantos e tantos outros,que com suas artes conseguem com exatidão transmitir-me toda bagagem artística de uma tão valorosa terra, bem como em agradecimento ao constante estímulo e admiração dispensados ao meu singelo e transpirado labutar.
Felipe Padilha de Freitas (O poeta do deserto)