O ILUSTRE JOÃO RIBEIRO (150 anos)
Era uma vez, uma pequena cidade chamada Laranjeiras, onde começou a história do nosso herói.
João Batista Ribeiro de Andrade Fernandes, assim se chamava, o segundo filho de Manoel Joaquim Fernandes e Guilhermina Ribeiro Fernandes, que nasceu em 24 de junho de 1860, para brilhar no mundo das letras. As grandes coleções de livros que seu avô Joaquim José Ribeiro possuía muito influenciaram a sua formação, conforme ele mesmo declarou.
Após concluir seus estudos em Laranjeiras e em Aracaju, no Ateneu Sergipense foi para Salvador, onde se matriculou na Faculdade de Medicina, mas não era isso que fazia bater o coração do jovem sergipano. Ele aspirava muito mais e partiu para o Rio de Janeiro. Sua meta era crescer mais e mais. Ingressou na Escola Politécnica e não satisfeito, também estudava arquitetura, pintura e música, vários ramos da literatura e sobretudo filologia simultaneamente.
Mas, como se não bastasse, ele também dedicou-se ao jornalismo e tinha amigos como Quintino Bocaiúva, José do Patrocínio e Alcindo Guanabara, entre outros. Sua coletânea de poesias chamada Os Idílios Modernos foi muito apreciada por Sílvio Romero, seu amigo e conterrâneo que os comentou num artigo da Revista Brasileira. Usou vários pseudônimos para suas publicações em jornais, bastante interessantes como Xico-Late, Nereu, Rhizophoro e outros mais, imaginação não lhe faltava.
Também foi Professor de História Universal e da Escola Dramática do Distrito Federal. Escreveu muito nas áreas de filologia, história e ensaios para A SEMANA de Valentim de Magalhães, ao lado do também inesquecível Machado de Assis e outros. Representou muito bem o nosso país no exterior em Congressos e eventos do gênero.
Depois de tantas contribuições para a literatura brasileira, foi escolhido, quase por unanimidade, para ocupar a cadeira nº 31 da Academia Brasileira de Letras, onde foi recebido por ninguém menos que José Veríssimo. Foi apontado várias vezes como possível presidente da instituição, chegando a ser eleito, mas renunciou incontinente. Ele não precisava ser presidente, era mais, muito mais que isso. Era jornalista, professor, crítico literário, escritor, filólogo, historiador, pintor e tradutor brasileiro.
Passaríamos dias e dias escrevendo e lendo a saga desse magnífico sergipano, versado nos clássicos de todas as literaturas, dotado de uma versatilidade ímpar, que nos legou uma vasta herança literária, inclusive como um dos principais promotores da Reforma Ortográfica de 1907.
E como nada é para sempre, em 13 de abril de 1934, da Cidade Maravilhosa, nosso ilustre literato partiu, para continuar seus estudos e trabalhos em uma dimensão mais elevada, onde a cultura é uma das atividades mais presentes e reconhecidas.
Se alguém desejar ver de pertinho um pouco dessa história, vá a cidade de Laranjeiras, e visite a casa onde viveu o nosso herói. É logo ali, a 25 quilômetros de Aracaju.
Fátima Almeida
Era uma vez, uma pequena cidade chamada Laranjeiras, onde começou a história do nosso herói.
João Batista Ribeiro de Andrade Fernandes, assim se chamava, o segundo filho de Manoel Joaquim Fernandes e Guilhermina Ribeiro Fernandes, que nasceu em 24 de junho de 1860, para brilhar no mundo das letras. As grandes coleções de livros que seu avô Joaquim José Ribeiro possuía muito influenciaram a sua formação, conforme ele mesmo declarou.
Após concluir seus estudos em Laranjeiras e em Aracaju, no Ateneu Sergipense foi para Salvador, onde se matriculou na Faculdade de Medicina, mas não era isso que fazia bater o coração do jovem sergipano. Ele aspirava muito mais e partiu para o Rio de Janeiro. Sua meta era crescer mais e mais. Ingressou na Escola Politécnica e não satisfeito, também estudava arquitetura, pintura e música, vários ramos da literatura e sobretudo filologia simultaneamente.
Mas, como se não bastasse, ele também dedicou-se ao jornalismo e tinha amigos como Quintino Bocaiúva, José do Patrocínio e Alcindo Guanabara, entre outros. Sua coletânea de poesias chamada Os Idílios Modernos foi muito apreciada por Sílvio Romero, seu amigo e conterrâneo que os comentou num artigo da Revista Brasileira. Usou vários pseudônimos para suas publicações em jornais, bastante interessantes como Xico-Late, Nereu, Rhizophoro e outros mais, imaginação não lhe faltava.
Também foi Professor de História Universal e da Escola Dramática do Distrito Federal. Escreveu muito nas áreas de filologia, história e ensaios para A SEMANA de Valentim de Magalhães, ao lado do também inesquecível Machado de Assis e outros. Representou muito bem o nosso país no exterior em Congressos e eventos do gênero.
Depois de tantas contribuições para a literatura brasileira, foi escolhido, quase por unanimidade, para ocupar a cadeira nº 31 da Academia Brasileira de Letras, onde foi recebido por ninguém menos que José Veríssimo. Foi apontado várias vezes como possível presidente da instituição, chegando a ser eleito, mas renunciou incontinente. Ele não precisava ser presidente, era mais, muito mais que isso. Era jornalista, professor, crítico literário, escritor, filólogo, historiador, pintor e tradutor brasileiro.
Passaríamos dias e dias escrevendo e lendo a saga desse magnífico sergipano, versado nos clássicos de todas as literaturas, dotado de uma versatilidade ímpar, que nos legou uma vasta herança literária, inclusive como um dos principais promotores da Reforma Ortográfica de 1907.
E como nada é para sempre, em 13 de abril de 1934, da Cidade Maravilhosa, nosso ilustre literato partiu, para continuar seus estudos e trabalhos em uma dimensão mais elevada, onde a cultura é uma das atividades mais presentes e reconhecidas.
Se alguém desejar ver de pertinho um pouco dessa história, vá a cidade de Laranjeiras, e visite a casa onde viveu o nosso herói. É logo ali, a 25 quilômetros de Aracaju.
Fátima Almeida