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Nascida para lutar,
sonhar,
delirar.
Mulher além de seu tempo,
eu não podia deixar,

de homenagear.
Evita e Anita,
Divas como álibis da escrita,
para das amarras me libertar,
para eu melhor pensar, editar.
Quem leu Cartas de Evita,
certamente por Anita,                                           vai se apaixonar.
Será o mesmo enredo,
o mesmo olhar vazio,
o mesmo denodo em ambas,
almejando a quimera amor.
Basta verificar nos escritos,
bilhetes perdidos ao vento,

que fui catando esparsos
pela poeira da estrada.
Mais um segredo que iremos,
leitor e obra,                                                       eternamente guardar...
As poetisas dentro delas,

não tiveram tempo de narrar,
mas as palavras agora multiplicam

pelas minhas mãos, pelos olhos
a medida que são lidas,
se espalham pelo minuano,
feito purpurina solta na mão.

Já que elas tiveram apenas
Breve aconchego em pelegos,
de braços ardentes,
ao menos, deixaram de herança,
pedaços esparsos de imaginação,
para os que agora estão lendo.

Por que afinal, a bem da verdade,
Para o poeta basta um lampejo,
um abraço fandangueiro,
para um livro todo rascunhar.
O Ponto G de Anita é Garibaldi.


 
Railda
Enviado por Railda em 03/10/2010
Reeditado em 22/02/2015
Código do texto: T2535704
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