AILE - Academia Itabirana de Letras
Foi a 22 de setembro, véspera da primavera,
Do ano de dois mil e dez, na Fazenda do Pontal,
Onde se reuniram dezenove letrados desta era
Para tornar o sonho de uma academia, imortal.
Doutor Francisco Vieira Chagas, incentivador,
Proferiu o discurso para este grupo pioneiro
E, também, Fernando Moreira Cunha, idealizador
Desta academia, nova vertente do solo mineiro.
Cinquenta anos de sonhos derramados nesta instituição
Fundada em Itabira, terra de Drummond de Andrade;
Onde seus primeiros membros, reunidos por vocação,
Carregam um trem repleto de poesia, em unidade.
E assim, fez-se ouvir a voz da poesia, lapidada e rica,
Através da recitação de poemas destes grandes intelectuais;
Até que o som e o brilho tomassem conta da veia artística,
Que fecunda a vida nesta terra brilhante das Gerais.
Os nomes que ficarão para a história, bravios e denodados
São: Windsor Carvalho, Efigênio de Souza, Nivaldo Ferreira,
Saulo Campos, Daniel de Castro, Marcos Gacê... Tantos chamados
E alguns escolhidos: Marçal Filho, Ângela Barbosa, Taquinho Moreira.
Abraçaram a causa: Íris Magalhães, Maria do Rosário Duarte,
José Rodrigues, Marconi Serafim, Stael Pena de Azevedo,
Que não pensaram em si, mas na mineração e forja desta arte,
Para que, ao Brasil e ao mundo, aflorasse a jóia, sem segredo.
E, Neidislau Alves, Valério Rosa Santos, também deram as mãos.
Fernando Moreira Cunha e Francisco Chagas, todos nobres poetas.
Agora habitam a mesma casa, convivem todos como verdadeiros irmãos;
São a grande esperança de um mundo de paz. Avante... sejam profetas!