MEU MINUTO DE SILÊNCIO

Hoje o mundo tristemente relembra um aniversário que decerto horroriza a História da Humanidade, o do ato terrorista ocorrido em onze de Setembro de dois mil e um que colocou abaixo as torres gêmeas norte americanas ceifando muitas vidas e, de certo modo, nossas esperanças num mundo melhor.

Lembro-me quando no dia do acontecimento um amigo me dizia ter ligado a televisão e fixar seus olhos na tela tentando se lembrar de qual filme de ficção se tratava.

Porém, a cena não era fictícia e decerto marcaria de forma triste um calendário que nos faria refletir sobre os caminhos do mundo e sobre a natureza dos Homens.

Confesso que nos meus cinquenta anos de vida, não me lembro de ter presenciado nesse planeta algo que tenha me chocado tanto.

Uma tragédia fomentada TÃO DIRETAMENTE pelas mãos dos Homens.

Se eu estivesse além daquele tempo teria muita dificuldade em acreditar até aonde o Homem poderia chegar.

Fico a me perguntar até que ponto temos nós, Humanidade, o controle total da nossa História e do nosso destino, tanto do ponto de vista individual como do coletivo.

O atentado terrorista de onze de Setembro, assim com é mundialmente conhecido, foi algo surrealista, apesar de tristemente REALISTA demais, porque nos coloca numa escala de valores intensamente deprimente, enquanto espécie animal, posto que paradoxalmente ao nosso status "inteligente",mas em nome dum "deus" ou da sua incessante procura pela " igualdade humanitária de direitos", bem como pela busca do respeito pelo nosso "espaço" terreno , promovemos tragédias que só aumentam as diferenças entre os iguais, fato a nos fugir totalmente do mais simples entendimento do pensamento.

Paralelamente ao tudo que vemos no planeta depois do marco do ano dois mil, aquele ano que os esotéricos o têm como o do início de grandes mudanças pelo planeta Terra, o mundo se depara com a notícia de que um líder religioso americano queimaria a sagrada escritura Muçulmana caso uma mesquita fosse erguida ao derredor do marco zero, sede histórica da catástrofe terrorista do onze de Setembro.

É de chocar a falta de senso que reina pelo mundo, principalmente por parte de quem lidera comunidades , sejam elas políticas ou religiosas.

Um verdadeiro líder, há que pregar a paz e a união, e não o revanchismo entre os homens.

Há que se despojar do seu egoísmo a favorecer o bem estar comum.

Respeitar as diferenças em nome da PAZ entre TODOS deveria ser o ato de liderança mais urgente no mundo de hoje.

Nossa crise é de insensatez e de VAIDADE em todos os campos, e enquanto as lideranças não se desviarem de seus umbigos a humanidade caminhará para a INEVITÁVEL auto destruição, senão física, decerto que caminhará para degradação do "sopro de alma" o que nos faz imagens distintas das demais espécies animais.

"In memoriam", deixo aqui o meu sincero minuto de silêncio em nome, não apenas às quase três mil inocentes vítimas do onze de Setembro, mas às tantas outras que anonimamente crescem pelo mundo a cada dia, humanos alvos (diretos e indiretos!) da insana e assustadora loucura dos Homens.

E que haja um Deus a zelar pelo futuro da Humanidade, coesa , a rumar para um mundo a que todos fazemos jus: o da justiça e respeito entre todos os povos.

Porque tal UTOPIA jamais pertencerá aos Homens, sequer aos que se julgam tão poderosos.