DEZ DE SETEMBRO:DIA DO ANIVERSÁRIO DO POETA GULLAR
Em homenagem ao Poeta vou lembrar alguns trechos de sua poesia desejando um Feliz Aniversário:
DETRÁS DO ROSTO (do livro Barulhos)
Acho que mais me imagino
do que sou
ou o que sou não cabe
no que consigo ser
e apenas arde
detrás desta máscara morena
que já foi rosto de menino.
Conduzo
sob minha pele
uma fogueira de um metro e setenta de altura.
Não quero assustar ninguém.
Mas se todos se escondem no sorriso
na palavra medida
devo dizer
que o poeta gullar é uma criança
que não consegue morrer
e que pode
a qualquer momento
desintegra-se em soluços.
Você vai rir se lhe disser
que estou cheio de flor e passarinho
que nada
do que amei na vida se acabou:
e mal consigo andar
tanto isso pesa.
Pode você calcular quantas toneladas de luz
comporta
um simples roçar de mãos?
ou o doce penetrar
na mulher amorosa?
Só disponho do meu corpo
para operar o milagre
esse milagre
que a vida traz
e záz
dissipa às gargalhadas.
UMA VOZ(do livro Dentro da Noite Veloz)
Sua voz quando ela canta
me lembra um pássaro mas
não um pássaro cantando:
lembra um pássaro voando
SONETO SÓ PRA MIM(do livro POESIA COMPLETA, TEATRO E PROSA)
Vou assim pelas ruas: meus cabelos
libertos, esvoaçando a quatro ventos.
Não os posso prender e nem quero prendê-los
_que eles são braços de meus pensamentos!
Vou assim pelas ruas da cidade:
_gravata frouxa, alma vagando ao léu...
Tenho a cabeça erguida por vaidade:
esta vaidade de fitar o céu.
E vou sorrindo de meus próprios sofrimentos!
(alma e cabelos esvoaçando aos ventos)
Eu sou o mais feliz dos infelizes!
É que, em toda a minha vida,
sempre fui árvore florida,
que ri do sofrimento das raízes...
Em homenagem ao Poeta vou lembrar alguns trechos de sua poesia desejando um Feliz Aniversário:
DETRÁS DO ROSTO (do livro Barulhos)
Acho que mais me imagino
do que sou
ou o que sou não cabe
no que consigo ser
e apenas arde
detrás desta máscara morena
que já foi rosto de menino.
Conduzo
sob minha pele
uma fogueira de um metro e setenta de altura.
Não quero assustar ninguém.
Mas se todos se escondem no sorriso
na palavra medida
devo dizer
que o poeta gullar é uma criança
que não consegue morrer
e que pode
a qualquer momento
desintegra-se em soluços.
Você vai rir se lhe disser
que estou cheio de flor e passarinho
que nada
do que amei na vida se acabou:
e mal consigo andar
tanto isso pesa.
Pode você calcular quantas toneladas de luz
comporta
um simples roçar de mãos?
ou o doce penetrar
na mulher amorosa?
Só disponho do meu corpo
para operar o milagre
esse milagre
que a vida traz
e záz
dissipa às gargalhadas.
UMA VOZ(do livro Dentro da Noite Veloz)
Sua voz quando ela canta
me lembra um pássaro mas
não um pássaro cantando:
lembra um pássaro voando
SONETO SÓ PRA MIM(do livro POESIA COMPLETA, TEATRO E PROSA)
Vou assim pelas ruas: meus cabelos
libertos, esvoaçando a quatro ventos.
Não os posso prender e nem quero prendê-los
_que eles são braços de meus pensamentos!
Vou assim pelas ruas da cidade:
_gravata frouxa, alma vagando ao léu...
Tenho a cabeça erguida por vaidade:
esta vaidade de fitar o céu.
E vou sorrindo de meus próprios sofrimentos!
(alma e cabelos esvoaçando aos ventos)
Eu sou o mais feliz dos infelizes!
É que, em toda a minha vida,
sempre fui árvore florida,
que ri do sofrimento das raízes...