Lua
Lua, ó mãe noturna. Contarei aqui sua triste história, ainda não acabada.
Ahh Lua!, a cativamos a depenamos e a desmitificamos. Ela foi amada! Em sua adolescência pelos poetas, pelos filósofos, pelos bêbedos, pelos amantes e finalmente por Poseidon que a refletiu em todos os mares e lagos! Foi-se sua juventude, e os cientistas a transformaram em pedra, sem qualidades além de grande e refletora. Quando se achava que tudo estava perdido e não havia como piorar: ela foi estuprada: violada com um estandarte imperialista. O maior estupro de toda a história da humanidade, televisionado, estudado, testado, guerreado e mais tristemente: aplaudido!, mesmo que seja de mentira a mensagem foi passada, sua magia e amor, sua embriagues e filosofia, sua poesia e divindade não são nada para nosso tempo, nosso triste tempo.
Mas a você Lua ainda resta um filho adepto e amoroso, a você Lua, ó maezinha, ainda resta alguém que sinta sua pele rasgar, suas garras crescerem e invadirem a própria pele e seu ser se monstrualizar em um uivo demoníaco e apaixonado, um ser que mataria por Ti, ainda há um tolo que te ama, Senhora Lua.