Vou deixar Passárgada!

Agora, eu vou deixar Passárgada.

A terra perdida e procurada.

Sempre letrada e imaginada!

Qual, ficava na dobrada...

À oeste, da segunda rodovia.

Rumo à cana e ao amanhã.

Lá, deixei de ouvir as sinfonias!

Melancolia e sábias!

Dos pasteis e bebidas ao vento,

Dos assentos bem velhos de alugueis.

Assim, deixei existir o nunca.

A espelunca... Revirei!

Agora! Vou-me embora!

Deixo as terras, os sonhos e o pó!

À vontade da branda (UNESP) senhora!

Também ela, me deixou só.

Pra cá, de longe eu vim.

E eu tinha tudo pra mim!

Aqui, eu era amigo do rei.

E tive o alento que sonhei.

Foi acerto, erro e, travessura!

Arquivei sorte, tristeza e amarguras...

Alegrei, iludi, desfrutamos!

Gargalhou, degustamos...

Ah! Bem; tem a estória da cama...

Encontrei uma imensa chama!

Mas... Eu a entristeci! E ela passou,

Era Passárgada... Ela me deixou!

Era loira... Era leal... Era palmito...

E nem resta o infinito!

Deixa! Vou-me de Passárgada

A terra querida e sonhada!

Saúdo e digo adeus ao rei.

A ela, a irritante com quem errei.

A essa terra de bravura.

De estória e nunca.

Onde os garotos não querem,

Relutam, pulam, mas crescem;

Um adeus! A uma terra feliz...

A onde fui seu pequeno aprendiz.

Derlei Alberto

04 de setembro de 2010

Uma despedida de uma terra com homenagem a um grande mestre!