O BRILHO DE NOSSAS CIDADES
Minas sempre foi famosa
Por sua próspera mineração,
Por sua gente hospitaleira e calorosa,
E cada trem danado de bão.
Uai sô! Minas onde nasceu Guimarães Rosa,
Minas onde nasceu Carlos Drummond,
Minas onde floresceu montanhas majestosas,
Minas de Alberto Santos Dumont.
Minas em sua íntima lapidação
Sempre produziu uma jóia rara,
Jóias brilhantes de alta cotação,
JK, o melhor presidente, marido de dona Sarah.
Minas produziu a coroa do Rei Pelé,
Minas lapidou os ideais de Tiradentes,
Minas gerou a bondade de Chico Xavier,
Minas! Terra dos Inconfidentes!
Em Minas muita coisa brilha,
Em Minas tem muitas cidades,
Uma delas é Itabira,
Terra em que os tempos de outrora, deixa saudades.
Ita - Pedra
Bira - Brilha
Sem regra
O brilho foi saindo nas carretilhas...
Itabira,
Pedra que brilha!
Toninho Bira,
Poeta que brilha!
Digo-lhe com orgulho,
Amigo e poeta Toninho Bira,
Que devido ao tosco entulho
De gananciosas mineradoras em Conceição e Itabira,
Drummond, eu, voce e o Petrônio Ferreira,
Temos uma coisa em comum,
Antes do brilho de nossas cidades ficar ofuscado pela torpe poeira,
Nós, nos retiramos para sempre, tristonhos, para não ouvir tanto BUM!
Saimos de nossas moribundas terras
Para ter de novo alegria
Em outro lugar, eu feliz aqui numa cidade onde tem belas serras,
Tem o Pico do Itambé que me transcende e inspira a minha poesia.
Você aí, livre à beira-mar,
Feliz na Bahia de todos os Santos,
Onde o seu belo e sensível poetar,
Traz doces lembranças do brilho de seu antigo recanto.
O Petrônio foi outro poeta de valor,
Que não sucumbiu às propinas desonrosas. Disse sim
Aos seus ideais de idôneo amor
E também partiu em retirada. Hoje está feliz na cidade de Betim.
Há! E o Carlos Drummond de Andrade?
Este gênio, ícone da nossa poesia, com grande dor no coração,
Partiu de sua cidade
Ao ver derrubada a Serra da Conceição.
Foi para o Rio de Janeiro
Para se tornar o mais querido e famoso poeta
Do alegre povo brasileiro.
Temos sim em comum, o brilho de nossas cidades que ficou sob pedra.
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Com total carinho ao Toninho Bira,
O amigo e poeta que brilha.
Ao amigo, e (ex) conterrâneo Petrônio Ferreira,
O poeta de alma lisonjeira.
Ao incomparável e genial Carlos Drummond de Andrade,
O poeta de toda a comunidade.
Agradeço a indicação
Do amigo de antiga geração,
O bondoso Claudio Poeta,
Que mostrou-me a seta
Da escrivaninha de Toninho Bira,
O poeta que brilha.
Com voces, a poesia reluz,
À todos voces, o meu fraterno abraço de luz.
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