A MORTE DO TRABALHADOR
Eis que de tanto trabalhar
Encontrou no trabalho o seu descanso
De todo suor que derramou
De nada adiantou quando a morte veio ao seu encontro
Em todos os dias
Com o ponto marcado
Todas as horas cedidas do seu tempo
Rendeu-lhe apenas pequeno salário
E, no pouco que vivia
Nunca se fartou
A labuta diária
Era parte da vida
Dela por vezes reclamou
Mas, nela tinha seu companheiro fiel
Que na hora da partida
Junto com ele provou o mesmo fel
Mas, aos que ficaram
Deixou o dor da partida
Do trabalhador compenetrado
Que morreu no caminho de sua lida
Fernanda Alves
23/08/10
>Ao meu vizinho carroceiro que partiu no dia 19/08/10, que agora ele descanse em paz<