... da Arte

os cintilares venuscêntricos das flores

extirpados pelas foices das queimadas

foram magos fulgurar no intocável

da tua aura:

nem tudo foi despido...

as sinfonias enigmáticas das aves

amordaçadas pela censura das lavouras

foram altas concertar no indizível

da tua voz:

nem tudo foi ferido...

os infinitos astrocósmicos dos céus

enfumaçados pelos vapores do progresso

foram claros refletir pelo intangível

dos teus olhos:

nem tudo é esquecido...

os sentimentos arquetípicos dos seres

estrangulados pelo vazio dos nossos tempos

foram vivos sublimar pelo inefável

da tua alma:

nem tudo está perdido...

www.artedofim.blogspot.com

Alessandro Reiffer
Enviado por Alessandro Reiffer em 23/08/2010
Código do texto: T2453831