O Poeta Embaixador

Vejo emergir o Leviatã de seu lago de papéis

Libertar-se da gaveta poluta, proibida,

Engavetando, exonerando, engolindo os menestréis,

Deixando luz em seu exílio vorazmente enegrecida.

E o poeta (poetinha) cresce frente à criatura

Se agiganta o "vagabundo" ao som de nova bossa,

Se opõe o embaixador de toda a contracultura,

Unido à toda boemia, faz no Rio sua troça.

Vinícius diplomata, poeta, embaixador

Levando às nações o sobrenome Moraes,

Arauto da poesia, da música, do amor,

Representante do que o meu povo é capaz.

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Fiquei muito feliz com a homenagem (e a tardia reparação) que o Itamaraty fez a Vinícius de Moraes, um de nossos maiores poetas, que foi expulso do quadro de diplomatas através do AI-5 e hoje volta à condição de "Embaixador do Brasil". Aí resolvi fazer minha homenagem também!

Obs: Tomei emprestado o título da reportagem do Correio Braziliense do dia 16 de agosto, onde lí a notícia da homenagem póstuma.