O Unicórnio ( Tributo a Cecilia Meireles - Poema de Leonoretta )

O UNICORNE BEIJA A ROSA,

CANTA A FÊNIX DO ALTO MURO...

SALAMANDRAS E QUIMERAS

VEM SABER O QUE PROCURO.

DO TEU NOME NÃO SABIA,

MAS BUSCAVA TUA FACE.

AMOR É ARTE.

MAS A VIDA É TÃO PEQUENA

E BELA SOBRE TODA FLOR.

PELA CELESTE AMPULHETA

FLUI-ME A VIDA EM CINZA BREVE

ONDE O TEMPO É A ETERNIDADE,

E O ENLEVO QUASE SEMPRE TÃO RARO

E ENTRE PÓLOS INVIOLADOS,

ENTRE EQUÍVOCOS MOMENTOS,

VEM E VOLTA A VIDA HUMANA,

QUE SE ENGANA E DESENGANA

EM REDOR DO PARAÍSO

PELA CELESTE AMPULHETA

CAI A CINZA DOS MEUS DIAS.

CAI A CINZA DO MEU CORPO, DA MINHA ALMA

E O TEMPO É UM LÍMPIDO SOPRO

QUE LIBERTA DE ALEGRIAS E DE QUEIXAS...

BRANCA SOBRE TODA FLOR

O LICORNE BEIJA A ROSA

PELA CELESTE AMPULHETA,

VAI – SE A LUZ DA PRIMAVERA

PURO SONHO, A MINHA MORTE,

CAI A CINZA DOS MEUS DIAS

PURA MORTE, O MEU AMOR.

O TEMPO É UM LÍMPIDO SOPRO

QUE HABITA A MINHA ALMA

TUDO O QUE SOU TE ESPERA E TE DEIXAS...

Luciano Moska
Enviado por Luciano Moska em 31/07/2010
Reeditado em 10/01/2024
Código do texto: T2409981
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.