UMA AMIZADE QUE O TEMPO NÃO PODE SEPARAR

Chega uma hora em que é preciso dizer adeus. Cada um, então, segue o seu caminho.

Momentos tão intensamente e tão sabiamente vividos, agora tornaram-se passado. Revivemos o passado nas lembranças, mas não podemos enterrarmo-nos nelas.

Chega o momento em que é preciso viver o presente antes que este fuja de nossas mãos e no futuro não teremos o que recordar.

Eis o tempo o grande mestre que orquestra todas as experiências.

Tantas foram as felicidades, as descobertas, as lágrimas e os sorrisos.

Amiga, chega o dia em que cada uma colhe os frutos do que plantou e que temos que fazer escolhas.

Essas escolhas nem sempre nos levam ao lugar onde queríamos estar, mas sempre há a chance de recomeçar, de pedir perdão, de fechar os olhos e lembrar, de sonhar.

Quando essas escolhas nos levam ao lugar onde queremos estar finalmente temos a sensação de que fizemos a coisa certa.

E a coisa certa nem sempre significa ter ao nosso lado as pessoas as quais amamos.

A coisa certa pode ser muitas coisas, mas a separação é inevitável.

Às vezes bate a saudade, mas o tempo mais uma vez não nos permite saciá-la.

É preciso um pouco mais de tempo pra viver as amizades, fazermos novos amigos e conservarmos os velhos que já passaram tantas coisas ao nosso lado, que já nos viram cair e estenderam a mão para nos levantar.

Às vezes o rumo nos divide, o tempo nos separa, mas amizade que foi construída nem a distância,nem a chegada e a partida, nem o tempo pode destruir.

EM HOMENAGEM À ALLANA MACIEL.