Ação de graças aos algozes...
 
     Bendito sóis os meus algozes. Pois o que seria de minha travessia se não fossem os tropeços, os solavancos?
     
     Louvores sejam rendidos àqueles a quem não preciso fornecer explicações, uma vez que só aos amigos reservo tal privilégio, embora não exijam!

     
     Sou grato a todo ensinamento que advém dos traidores, dos traiçoeiros. Pelas experiências adquiridas por tantas ofensas vomitadas pela boca dos maledicentes e os olhares capciosos dos ardilosos.

     
     Agradeço a toda forma de falsidade. A todo horror, as arapucas. Agradeço mesmo! Afinal, sobrevivi a toda forma de armadilha e me fortaleci.

     
     Encorajei-me, só de pirraça, a fazer o caminho por outro viés... E, devolver com gentileza as pedradas. Elas feriram, é verdade! Causaram dor, sangraram minha carne, mas, não me amarguraram, não me tornaram uma pessoa pior.

     
     Depois, se pensam que deixarei de insistir; enganam-se! Se pensam que abandonarei a bandeira de minha luta; jamais! Se acham que rasgarei o código de minhas convicções; nem sobre tortura! Eu nunca me diminuirei. Nunca me esquecerei que sou homem de fé e de esperança. Embora cansado recomeçarei.

     
     Por fim, graças às ações mancomunadas dos meus algozes, eu aprendi o quanto uma atitude consciente incomoda. Logo, continuarei incomodando. 

     
     O que dizer?... Obrigado! Demasiado agradecido! 

 
 
 
  
27 de julho de 2010
 


Imagem - Fonte: Google
Toni DeSouza
Enviado por Toni DeSouza em 15/07/2010
Reeditado em 09/09/2010
Código do texto: T2380173
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