QUANDO EU ERA INOCENTE
Te conheci quando eu era uma menina,
Te conheci tão inocente
E assim continuei...
Cuidava de mim como se eu fosse uma pétala
E pétala permaneci
Ser mais nobre ainda não vi
Seu amor era desmedido, sem dúvidas nem máculas
Amor amoroso, real e despretensioso
De onde tu és, nobre guerreiro?
Mas do meu casulo fui partindo
Aprendi a alçar voo - foram muitas milhas
Logo, a selva me corrompeu e novo sítios vislumbrei...
E então as queimadas chegaram
E fui sendo forjada a ferro e fogo
Cavalheiro, eu desconhecia essas marcas!
Fui mutilada por mil machados
Eu ignorava essas feridas
Rasguei os retratos,
Perdi o rumo, fiquei em pedaços
Procurei o meu rosto pelo chão da selva
E levantei-me com intrepidez
Hoje sou uma nova alma
Alma lavada e renovada
Cavalheiro, obrigada!