PARA VINÍCIUS DE MORAES
Ao pisar na areia e sentir o sol na pele, sinto-me sereia
Garota de Ipanema, sem nunca ter pisado em teu mar...
No meu gingado sem pressa tenho sensação de saudades
Dos bondes, do Corcovado, do Rio tão teu que não conheci
E entre meus amigos encontro os amigos tão parecidos com os teus
De tapinha nas costas, de rir das mazelas e se abraçar nas coisas sérias
Olho para dentro da minha vida e fora dela... Que maravilha é viver...
E os amores que tenho são infinitos, eternos e perduram para sempre
Leves, plenos, abençoados, de encontros sem despedidas...
Não são todos iguais a você, mas também jóias raras, meus bem-querer...
Ah, Poetinha camarada... Teus versos não ecoam apenas nas canções...
Estão na brisa do mar, no balanço dos coqueiros, no riso alegre por inteiro
Em todo acalento de sol, em cada beijo ao luar, em recitar o verbo amar...
Poetinha Vinícius... Teus versos estão entre os meus amores...
São infinitos, eternos e perdurarão comigo enquanto eu dure...