VOCÊ NÃO ME ENSINOU A TE ESQUECER
Kedma O’liver
Essa mensagem me chega,
ao som da música “Pai”,
eu paro, fico pensando,
lembranças que de mim não sai:
seu doce e terno sorriso,
seus olhos a me fitar,
sua mão calejada
pelo seu labutar.
Sua voz carinhosa,
quando a conversar,
ou mesmo zangada,
quando me admoestar.
Recordo nossos passeios
apenas para aproveitar
a tarde que caia...
e a gente a brincar.
As taças de pêssego real,
ou o torresminho,
que comíamos felizes
quando estávamos sozinhos.
Nossos papos sérios,
onde eu desabafava,
e você, atencioso,
escutava e me abraçava.
Ah, meu querido pai,
tudo que eu queria
era que estivesse aqui,
me fazendo companhia.
Queria ver você sentado
a conversar com meus filhos,
quanto saboreavam
macarrão com muito molho.
Ouvir você contar
sobre seu passado
enquanto, embevecida,
ficava quieta ao seu lado.
Pai, a meu velho pai,
sobre tudo me fez aprender,
apenas se esqueceu de me ensinar
o modo de não lembrar você.
Ao meu amado e querido pai
Adiel Coelho de Menezes...eterno em meu amor