Sentimentos profundos
de Edson Gonçalves Ferreira (provocação)
e Luis Mota Filipe (réplica)
para Susana Custódio (comemorando o lançamento
do seu livro com o mesmo título do poema)
Os poetas Luís da Mota Filipe, Dulce Fontes, Edson Gonçalves Ferreira e Susana Custódio
Provocação I
O que sinto escrevo
Sou muito evangélico na minha lavratura.
Estreito ao peito todos a quem amo
E, ao pensar na pluralidade do meu sentir, multiplico as palavras.
Quero que elas sejam o pão compartilhado na ceia
Onde me sento na grande mesa da vida para celebrar tudo,
Principalmente a alegria dos amigos,
Esses que o coração nomeia
No sentir profundo
E, depois, passam a partilhar de nossas vidas
Como se fossem gente de nossa família doutroras vidas.
Ai, os sentimentos profundos, tão profundos!
Réplica I
Esses mesmos sentimentos,
Que em suma: são os retalhos de tantas vidas
De tantas vidas em comunhão,
Retratam o sentir profundo:
Que de tão profundo ser, apenas e somente representa o suco
E o néctar de vida irradiada do gesto de partilhar humanizando!
Provocação II:
Sim, os sentimentos todos do mundo explodem em nossos peitos
Não sei nem minha nacionalidade mais.
Não sou cidadão de um país.
Habito o mundo.
E comungo com todos que anseiam por um gesto meu
Cientes de que sou devasso no sentir o mundo,
E a minha gula por humanidade assusta até Deus.
Sentimentos profundos demais
Que me fazem, todos os dias, morrer na cruz!
Réplica II:
Renasço!...
Renasço a cada novo dia,
Voltando a amar como somente os bons amam,
E a sonhar tal qual apenas os poetas sonham,
Sem o conhecimento de barreiras
Desmedidamente,
Só como Deus ama
Sempre a acordar para ti e para todos
O eterno novo renascer da vida
Cujo âmago é o sentir profundo.
Conclusão
Sim, tudo depende do olhar
Uma cruz pode ser uma espada
A palavra também.
Múltiplos lados existem
Como as divisões do eu
E sentimentos profundos aparecem...
Deus é a multiplicidade de tudo.
Ele, o Amor dos amores, nos inspira
E, transpirando, escrevemos com a tinta do nosso sangue
Cuja cor é vermelha como as faces de quem se entrega num beijo passional.
Divinópolis e Portugal, 25.06.2010
de Edson Gonçalves Ferreira (provocação)
e Luis Mota Filipe (réplica)
para Susana Custódio (comemorando o lançamento
do seu livro com o mesmo título do poema)
Os poetas Luís da Mota Filipe, Dulce Fontes, Edson Gonçalves Ferreira e Susana Custódio
Provocação I
O que sinto escrevo
Sou muito evangélico na minha lavratura.
Estreito ao peito todos a quem amo
E, ao pensar na pluralidade do meu sentir, multiplico as palavras.
Quero que elas sejam o pão compartilhado na ceia
Onde me sento na grande mesa da vida para celebrar tudo,
Principalmente a alegria dos amigos,
Esses que o coração nomeia
No sentir profundo
E, depois, passam a partilhar de nossas vidas
Como se fossem gente de nossa família doutroras vidas.
Ai, os sentimentos profundos, tão profundos!
Réplica I
Esses mesmos sentimentos,
Que em suma: são os retalhos de tantas vidas
De tantas vidas em comunhão,
Retratam o sentir profundo:
Que de tão profundo ser, apenas e somente representa o suco
E o néctar de vida irradiada do gesto de partilhar humanizando!
Provocação II:
Sim, os sentimentos todos do mundo explodem em nossos peitos
Não sei nem minha nacionalidade mais.
Não sou cidadão de um país.
Habito o mundo.
E comungo com todos que anseiam por um gesto meu
Cientes de que sou devasso no sentir o mundo,
E a minha gula por humanidade assusta até Deus.
Sentimentos profundos demais
Que me fazem, todos os dias, morrer na cruz!
Réplica II:
Renasço!...
Renasço a cada novo dia,
Voltando a amar como somente os bons amam,
E a sonhar tal qual apenas os poetas sonham,
Sem o conhecimento de barreiras
Desmedidamente,
Só como Deus ama
Sempre a acordar para ti e para todos
O eterno novo renascer da vida
Cujo âmago é o sentir profundo.
Conclusão
Sim, tudo depende do olhar
Uma cruz pode ser uma espada
A palavra também.
Múltiplos lados existem
Como as divisões do eu
E sentimentos profundos aparecem...
Deus é a multiplicidade de tudo.
Ele, o Amor dos amores, nos inspira
E, transpirando, escrevemos com a tinta do nosso sangue
Cuja cor é vermelha como as faces de quem se entrega num beijo passional.
Divinópolis e Portugal, 25.06.2010