O meu amigo morreu
Sem a menor bossa
O telefone tocou,
Ouvi uma voz rouca,
Pareceu-me uma troça
Qual o destino troçou...
Waldomiro morreu,
E com ele morro eu.
Aquela clara noite
Foi de relho e açoite,
Chegou e me bateu!
De clara virou breu.
Quando morre um amigo
O sentimento fica ambiguo.
É dor dilacerante
Qual corno de rinoceronte
Com pesar de elefante.
Portanto, o amigo é merecedor irrestrito
deste meu velho grito
de sentimento de adeus.
Vá em paz, meu amigo, vá com Deus...