Mãe Preta, Alma Branca de Joaquim Neto P/ Anita

Conheci há muitos anos

que gracinha de pessoa

pequenina, pele escura

meu Deus que alma boa

É a nossa Mãe Preta

que vive sorrindo á toa

Ela já fez de um tudo

É dificil acreditar

empolgada de nascença

entrava em todo lugar

vou contar para vocês

e não foi de ouvir falar

Ela foi bibliotecária

há muitos anos atrás

meu Deus quanta paciência

Só Madre Teresa de Calcutá

pois os meninos da época

botavam para endoidar

Incentivou nossa música

não largava um violão

acredito que até hoje

é sua grande paixão

quem não lembra D. Anita

Cantando o Luar do Sertão

Dando continuidade

a esta bela memória

Anita lima é mesmo

um exemplo para a história

catequizava os baixinhos

pragando a palavra glória

Foi artesã que beleza

ensinou a muita gente

também foi parteira leiga

um exemplo de decência

metia-se em quase tudo

chamava atençao da gente

Professora do Mobral

Poetisa e também horicultura

plantado os alimentos

ensinava as pessoas

muita gente ainda lembra

Mãe Preta, sempre numa boa

Passaram-se muito tempo

guardo tudo com saudade

sou amigo da família

nunca esqueci o aprendizado

não será esta distância

que evitará um abraço

Os anos foram cruéis

diminuindo os seus passos

mais Deus sempre muito justo

deixou a força dos braços

com uma mente brilhante

escreve tudo que passa

Se você não a conhece

não sabe o que está perdendo

alguns minutos com ela

tira qualquer embaraço

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É morrer de achar graça.