A VOCÊ MÃE QUERIDA
Nadir A. D’Onofrio
Homenagem póstuma
Quem dera tê-la, ainda ao meu lado!
Poder alisar seus cabelos, brancos como a neve
Seu rosto delicado as rugas deixadas,
pelo tempo e sofrimento...
Eu jovem, adolescente, impetuosa
muitas vezes, não a compreendia.
Quantas noites ao meu lado permanecestes,
só porque eu estava febril!
Dedicação, carinho, amor
foi o que você, sabiamente ofereceu…
Se no tempo pudesse voltar
minha história recomeçar,
Com certeza, minha mãe querida
Iria cobri-la de beijos demonstrar
o amor que, sempre tive por ti.
Dizer-lhe o quanto eu te amava,
Mas por falta de experiência,
ou orgulho de adolescente, ocultei, omiti...
Só na fase adulta da vida,
pude perceber o erro que cometi.
O amor, mais puro dos sentimentos,
não deve ser, camuflado, disfarçado
seja esse amor do jeito que for.
Não é sentimento, vergonhoso
portanto por ser, nobre, sublime,
Jamais... deve ser reprimido!
Resta-me ainda um consolo
sua sapiência, mãezinha.
Quantas vezes você ao fitar-me dizias
filha querida, quanto, amor tens escondido!
És igual a todos os, mortais
abra teu coração, derrube essa muralha
Que tolhe suas emoções...
Sábias palavras, minha querida Mãe!
03/05/2003
Santos/ SP
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