Nous - para Charlène e Gu

no seio da aurora, batem as ébrias lembranças,

no entanto, adoçadas pelo gosto do estar ligado;

para o vazio vão as memórias, e nelas habitam os recortes,

sinônimo do bom viver, da construção potencial

abarçando a brisa das gotejantes danças

ao passo de cada música,

dentro de ditirambos que são o ODE

à lua, à vida, aos bons pressupostos;

aparentes juízos não são sinônimos

de ausênsia de adjetivos expressivos,

mas quem fala aqui é o flauta do espírito,

é a estrela que cintila dentro dessa matéria

meio razão muita indiscrição

lógica.

hoje brinda o outro,o ontem, o atemporal,

vamos, dancemos uma valsa da harpa dos orixás...