ANA, CHEIA DE GRAÇA

ANA, CHEIA DE GRAÇA

Ela veio do Norte

enfeitar o circuito da corrida,

bela mulher lá de Belém.

Na Praia do Pepê encheu os olhos do Rio.

Bem que as ondas queriam beijá-la no alto do Joá

e o sol veio ao seu encontro em São Conrado.

Subiu garbosa a Niemayer

e desceu de peito aberto

para encontrar o mar do Leblon.

Em Ipanema se mostrou outra garota

que Copacabana, para sempre, vai querer bem.

Em Botafogo vieram felizes recebê-la

os barquinhos que coloriam a enseada.

Também foi ao cume

o bondinho do Pão de Açúcar

para espiar aquela que do Rio enfeitou o postal.

Uma garota deslumbrante

mostrou sua beleza

pela orla da Cidade.

Uma estrelinha derradeira,

assim como seu nome:

cheia de graça,

enfeitou a manhã domingueira,

desfilou com elegância.

Menina de pé no chão,

persistente e confiante,

esgotada, mas determinada.

No limite das suas forças,

mas resistente como rocha,

VITORIOSA!

E tornou-se, de repente,

personagem relevante

no coração carioca.