Mãe!
Como seria bom se teu filho entendesse
Esse zelo exagerado que dedicas...
E a maneira preocupada com que ficas
Quando ele sente qualquer dor...
Até mesmo quando a dor é de amor.
Como seria bom se ele reconhecesse
Nestes gestos o teu jeito de amar...
E a alegria quando você o vê chegar
Altas horas da madrugada...
Em que você ainda não conseguiu dormir
E a sua tristeza na hora de vê-lo partir
Mesmo que seja para ir só na padaria
Pois seu desejo é tê-lo sobre as asas
Dentro de casa...sobre seu olhar
Como queria.
Como seria bom se eles fossem gratos
E lhe elogiassem assim todos os dias
Pela cama arrumada, pelo prato preferido
E lhe beijassem até mais que seu marido
Como seria bom...que bom seria
Mas a vida de mãe nem sempre é assim
Pois enquanto filhos não conseguimos ver
Com os olhos do criador...
Com um olhar materno e sincero
Que quer sentir mais do que amor por sua cria
Quer sentir o orgulho que irradia...
Das suas entranhas desde aquele dia...
Em que o concebeu com alegria.
Mas enquanto filhos não percebemos
Tudo o que nossa mãe fazia...
Muitas vezes até condenamos,
O seu excesso de primasia...
Somente quando ela nos faltar é que sentiremos
O vazio que sua ausência denuncia...
E quando formos pai e mãe então o castigo que teremos
Será passar por tudo isso que ela nos dizia.
Anélio “Rodrigo Di Freitas”28-05-2010